Acordo Preliminar entre EUA e China Suspende Ameaças Tarifárias e Restrições a Terras Raras



O secretário do Tesouro dos EUA, Scott Bessent, anunciou que a China considera adiar por um ano as restrições à exportação de terras raras "enquanto analisa a situação". Este entendimento evita a ameaça do Presidente dos EUA, Donald Trump, de aplicar tarifas alfandegárias de 100% sobre os produtos chineses a partir de 1 de novembro. O acordo, alcançado após dois dias de conversações na capital da Malásia, inclui também o compromisso de Pequim em "comprar produtos agrícolas substanciais aos agricultores americanos", nomeadamente soja, cuja aquisição tinha sido interrompida em setembro.
O anúncio do "acordo preliminar" foi feito pelo representante do comércio internacional da China, Li Chenggang, que, no entanto, não especificou todos os termos. Segundo Li, o diálogo entre as duas delegações abordou vários temas, incluindo os controlos de exportação chineses, a possível extensão da suspensão recíproca de tarifas, a cooperação no combate ao fentanil, a ampliação do comércio bilateral e as taxas portuárias aplicadas pelos EUA a embarcações chinesas. Este acordo surge num clima de tensão, após a China ter imposto, em meados de outubro, novas restrições ao comércio de terras raras, setor em que detém um quase monopólio.
O entendimento antecede uma reunião crucial entre os líderes dos dois países, Donald Trump e Xi Jinping, agendada para 30 de outubro na Coreia do Sul.
Trump indicou que os temas centrais da reunião serão a agricultura e que tenciona "mencionar Taiwan".
O encontro realiza-se poucos dias antes da data prevista para a entrada em vigor das novas tarifas norte-americanas e das medidas de controlo aduaneiro chinesas.
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