Euribor em queda generalizada num contexto de estabilidade do BCE



As taxas Euribor desceram na segunda-feira nos prazos a três, seis e doze meses. A taxa a três meses recuou 0,004 pontos para 2,005%, enquanto as taxas a seis e a doze meses cederam 0,001 pontos cada, fixando-se em 2,123% e 2,211%, respetivamente. Com estas alterações, a Euribor a três meses permaneceu como a mais baixa entre os três indexantes.
Estas taxas têm um impacto direto no crédito à habitação em Portugal.
A Euribor a seis meses, que desde janeiro de 2024 é a mais utilizada nos créditos à habitação com taxa variável, representava 38,3% do 'stock' de empréstimos em setembro, segundo dados do Banco de Portugal. Os mesmos dados indicam que os prazos a doze e a três meses representavam 31,87% e 25,33% do total, respetivamente.
A descida diária contrasta com a evolução da média mensal de outubro, que registou subidas nos três prazos.
A média a três meses aumentou 0,007 pontos para 2,034%, a de seis meses subiu 0,005 pontos para 2,107%, e a de doze meses avançou de forma mais acentuada, 0,015 pontos para 2,187%. Este movimento das taxas interbancárias, fixadas pela média das taxas de um conjunto de 19 bancos da zona euro, ocorre num período de estabilidade da política monetária. Em 30 de outubro, o Banco Central Europeu (BCE) manteve as suas taxas diretoras pela terceira reunião consecutiva, após um ciclo de oito cortes iniciado em junho de 2024.
A presidente do BCE, Christine Lagarde, afirmou que a entidade se encontra “em boa posição”, embora não seja uma situação definitiva.
A próxima reunião de política monetária do BCE está agendada para 17 e 18 de dezembro, em Frankfurt.
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