Euribor com movimentos mistos em vésperas da reunião do BCE

As taxas Euribor registaram movimentos opostos, com descidas nos prazos mais curtos e uma subida no prazo a 12 meses para um novo máximo desde abril, num momento em que os mercados aguardam a próxima reunião de política monetária do Banco Central Europeu.

As taxas Euribor a três e a seis meses desceram na terça-feira, enquanto a taxa a 12 meses subiu, atingindo o valor mais alto desde 2 de abril. A taxa a três meses recuou para 2,057%, a de seis meses, a mais utilizada em Portugal nos créditos à habitação de taxa variável, baixou para 2,164%, e a de 12 meses avançou para 2,315%. Segundo dados do Banco de Portugal referentes a outubro, a Euribor a seis meses representava 38,5% do 'stock' de empréstimos para habitação própria permanente com taxa variável.

As Euribor a 12 e a três meses representavam 31,75% e 25,25%, respetivamente.

Esta distribuição sublinha a importância da evolução destas taxas para o mercado imobiliário português.

Relativamente às médias mensais de novembro, verificou-se uma subida nos três prazos, mais acentuada do que no mês anterior, especialmente nos prazos mais longos.

A média da Euribor a três meses subiu para 2,042%, a de seis meses para 2,131% e a de 12 meses para 2,217%.

Este comportamento das taxas ocorre na mesma semana em que o Banco Central Europeu (BCE) realiza a sua reunião de política monetária em Frankfurt. Na sua última reunião, a 30 de outubro, o BCE manteve as taxas diretoras inalteradas pela terceira vez consecutiva, após um ciclo de oito reduções iniciado em junho de 2024.

Na altura, a presidente do BCE, Christine Lagarde, afirmou que a entidade se encontrava "em boa posição" no que diz respeito à política monetária, mas ressalvou que essa posição não é fixa.

As taxas Euribor são definidas pela média das taxas a que um conjunto de 19 bancos da zona euro se dispõe a emprestar dinheiro entre si.