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Tráfico de Cocaína em Portugal

A Europol emitiu um alerta sobre os novos e sofisticados métodos utilizados no tráfico de droga para a Europa, num momento em que Portugal regista apreensões de toneladas de cocaína e enfrenta desafios no sistema judicial.
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A Agência da União Europeia para a Cooperação Policial (Europol) alertou para o aumento do tráfico de droga, que considera uma contínua ameaça à segurança interna da UE.

Segundo a agência, a produção de cocaína na América Latina atingiu níveis sem precedentes, resultando numa diminuição dos preços na Europa.

As redes criminosas demonstram uma rápida capacidade de adaptação, utilizando métodos de ocultação "altamente sofisticados" que representam um "grande desafio para as autoridades". Entre as novas táticas, destacam-se alterações químicas da droga, a sua inserção em materiais de transporte e o disfarce em pele de animais para iludir scanners portuários e cães pisteiros, um método que terá sido usado para enviar dezenas de contentores da República Dominicana. Na Península Ibérica, os traficantes também transferem a carga para lanchas rápidas em alto mar para evitar os controlos portuários.

Este alerta surge num contexto de várias operações policiais em Portugal. Em Leiria, uma operação resultou na apreensão de mais de duas toneladas de cocaína e na detenção de 19 pessoas. No Porto de Leixões, a Polícia Judiciária (PJ) apreendeu 25 quilos de cocaína de elevada pureza, proveniente do Uruguai. A droga estava escondida na unidade de refrigeração de um contentor, num método conhecido como 'rip-off', que exige a extração da mercadoria antes de o contentor chegar ao seu destino final. As autoridades consideram Leixões uma das principais portas de entrada de mercadorias ilícitas no norte do país. Noutro caso, quatro pessoas estão a ser julgadas no Porto por importarem mais de 91 quilos de cocaína do Equador, dissimulada em contentores de bananas.

O sistema judicial enfrenta igualmente desafios complexos.

Seis homens, detidos em março de 2023 em Albufeira com 1.200 quilos de cocaína num camião, foram libertados por excesso de prisão preventiva. Os arguidos, de várias nacionalidades, estavam a ser julgados em Portimão por tráfico agravado e associação criminosa, num processo classificado como de "especial complexidade".

A defesa argumentou que grande parte do crime foi instigada por um agente infiltrado da PJ, enquanto o Ministério Público defendeu a legalidade da prova obtida.

No caso do Porto, um dos arguidos negou a sua participação, afirmando ter sido contratado por 1.500 euros apenas para ajudar no desalfandegamento dos contentores, desconhecendo que transportavam droga.

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