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Escândalo no Ministério da Justiça: Ex-Adjunto Detido por Abuso Sexual de Menores

Um advogado e ex-adjunto da anterior ministra da Justiça foi detido e colocado em prisão preventiva, suspeito de centenas de crimes de pornografia infantil e de abuso sexual de crianças, alguns dos quais terão sido cometidos nas instalações do próprio ministério.
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O advogado Paulo Abreu dos Santos, de 38 anos, que serviu como adjunto da ex-ministra da Justiça Catarina Sarmento e Castro, foi detido pela Polícia Judiciária e ficou em prisão preventiva. Sobre ele recaem suspeitas da prática de centenas de crimes de pornografia de menores e de abuso sexual direto de crianças, com idades entre os quatro e os 14 anos. De acordo com as investigações, parte da atividade criminosa, nomeadamente o acesso e a partilha de conteúdos ilícitos, terá sido executada a partir de um computador no seu gabinete no Ministério da Justiça.

Paulo Abreu dos Santos exerceu estas funções entre 2023 e 2024, durante o governo de António Costa.

As autoridades suspeitam que o advogado filmava os abusos que cometia com um telemóvel e partilhava os vídeos em grupos privados de redes sociais encriptadas. A detenção, efetuada pela Unidade de Combate ao Cibercrime da PJ em articulação com o DIAP de Lisboa, resultou de uma investigação internacional com origem nos Estados Unidos, que monitorizava crimes sexuais nas aplicações Signal e Telegram. O suspeito foi detido em flagrante durante uma busca domiciliária na zona de Lisboa, na qual foram apreendidos centenas de ficheiros de pornografia infantil e um telemóvel com vídeos que indiciam os crimes de abuso sexual. Após ser presente ao Tribunal de Instrução Criminal de Lisboa, foi-lhe decretada a medida de coação mais gravosa. Além da sua carreira no governo, Paulo Abreu dos Santos era assistente convidado na Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa e trabalhava numa sociedade de advogados que, entretanto, removeu o seu perfil do respetivo site.

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