Pressão no Governo: Ex-ministro revela insistência de Sócrates para colocar Vara na CGD



Luís Campos e Cunha, que tutelou a pasta das Finanças entre março e julho de 2005, declarou no Tribunal Central Criminal de Lisboa que, "desde o início", José Sócrates o instou a "demitir a administração da Caixa Geral de Depósitos e nomear Armando Vara".
A pretensão, segundo o ex-ministro, era que Carlos Santos Ferreira fosse designado presidente do banco público e Armando Vara vice-presidente.
Apesar de ressalvar que a nomeação não seria ilegal, Campos e Cunha afirmou ter levantado "considerações de caráter ético", manifestando a sua oposição a "arranjar 'jobs for the boys' [emprego para os amigos do partido]".
O ex-ministro sublinhou ainda não ter uma opinião formada, nem boa nem má, sobre Armando Vara na altura, e que Sócrates chegou a agendar um encontro entre ambos para que se conhecessem. Este testemunho é relevante para a acusação do Ministério Público, que sustenta que a nomeação de Vara para a CGD foi uma instrução de José Sócrates. Segundo a acusação, ambos terão sido subornados num total de dois milhões de euros por investidores do resort de luxo Vale do Lobo, no Algarve, para beneficiar o empreendimento. José Sócrates, numa sessão anterior do julgamento a 4 de setembro, já tinha negado esta alegação, classificando-a como falsa.
Armando Vara acabaria por ser nomeado administrador da CGD no final de 2005, quando o ministro das Finanças era já Fernando Teixeira dos Santos. No processo da Operação Marquês, José Sócrates e Armando Vara estão entre os 21 arguidos que respondem por um total de 117 crimes económico-financeiros, incluindo corrupção e branqueamento de capitais, acusações que têm, em geral, negado. O julgamento teve início a 3 de julho e tem sessões agendadas até, pelo menos, 18 de dezembro de 2025.
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