O Último Adeus a Anita Guerreiro: O Legado da Voz de "Cheira a Lisboa"



A atriz e fadista Anita Guerreiro morreu no domingo, 7 de dezembro, aos 89 anos.
A artista faleceu durante o sono na Casa do Artista, em Lisboa, onde residia desde 2018 e continuava a partilhar a sua arte.
As cerimónias fúnebres têm início esta terça-feira, na Basílica da Estrela, entre as 18:30 e as 22:00.
O funeral está marcado para quarta-feira, com destino ao cemitério do Alto de S. João, sendo precedido por uma missa de corpo presente às 16:30 na mesma basílica.
Nascida Bebiana Guerreiro Rocha em Lisboa, a 13 de novembro de 1936, Anita Guerreiro começou a cantar aos sete anos.
A sua carreira profissional foi lançada em 1952, após participar no concurso radiofónico "Tribunal da Canção", que a levou a estrear-se no Café Luso.
A sua voz ficou para sempre associada a temas emblemáticos da música portuguesa, como as marchas e fados "Cheira bem, Cheira a Lisboa", estreado em 1969, "Lição de Amor" e "O fumo do meu cigarro".
Além do seu sucesso nos palcos do Parque Mayer, Anita Guerreiro levou o fado a comunidades portuguesas na Europa, Estados Unidos e Canadá.
A sua carreira estendeu-se também à televisão, com participações em telenovelas e séries como "Roseira Brava", "Uma Casa em Fanicos" e "Os Batanetes", e a uma breve incursão no cinema.
Em 2004, foi distinguida pela Câmara Municipal de Lisboa com a Medalha Municipal de Mérito, Grau Ouro, pela celebração dos seus 50 anos de carreira.
A fadista pertenceu ao elenco da casa de fados "O Faia" até 2019.
A Casa do Artista homenageou-a, afirmando que, embora a sua voz se tenha calado, "fica para sempre o legado desta grande Senhora da cena artística portuguesa".






