Expansão do aeroporto de Lisboa terá investimentos faseados

A ANA – Aeroportos de Portugal entregou ao Governo o plano de expansão para o Aeroporto Humberto Delgado (AHD), em Lisboa, com o objetivo de aumentar a sua capacidade operacional para um máximo de 45 movimentos de aeronaves por hora. Esta medida estratégica visa responder ao crescimento contínuo do tráfego aéreo e servirá como uma solução provisória enquanto se aguarda a construção do novo Aeroporto Luís de Camões, cuja inauguração está prevista para dentro de uma década. O relatório, entregue no início de agosto em conformidade com os prazos definidos por uma Resolução do Conselho de Ministros, detalha um plano de investimentos faseado que abrange todos os subsistemas essenciais do aeroporto. Dada a complexidade e especificidade técnica da matéria, o Governo solicitou uma análise cuidada do plano por parte das entidades competentes do setor da aviação.

Só após a validação destas entidades e a aprovação governamental é que a ANA poderá avançar com a elaboração do Estudo de Impacte Ambiental, um passo obrigatório que terá de ser submetido à Agência Portuguesa do Ambiente (APA). Este plano de expansão foi desenvolvido no âmbito do Grupo de Acompanhamento da Expansão do AHD, que contou com a colaboração de várias entidades públicas e técnicas. O Ministério das Infraestruturas e Habitação (MIH) reforçou a urgência da medida para mitigar as atuais limitações do AHD, garantindo melhores condições de conforto e segurança para passageiros e trabalhadores até que a nova infraestrutura esteja operacional.

O Governo sublinha que, embora seja crucial não atrasar o projeto do novo aeroporto, é igualmente importante otimizar a capacidade do aeroporto atual. Com a futura entrada em funcionamento do Aeroporto Luís de Camões, o Aeroporto Humberto Delgado, em serviço desde 1942, será desativado.

Os seus terrenos, com uma área superior a 500 hectares, serão devolvidos à cidade para novos fins urbanísticos.