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Tarifas dos EUA Reduzem Previsões de Crescimento na Ásia

O Banco Asiático de Desenvolvimento reviu em baixa as suas previsões de crescimento para as economias em desenvolvimento da Ásia e do Pacífico, apontando as tarifas impostas pelos Estados Unidos e a incerteza global como os principais fatores para esta desaceleração.
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O Banco Asiático de Desenvolvimento (BAD) prevê agora que as economias em desenvolvimento da Ásia e do Pacífico cresçam 4,8% em 2025 e 4,5% em 2026. Estes valores representam uma redução de 0,1 e 0,2 pontos percentuais, respetivamente, em comparação com as projeções de abril. A principal causa para esta revisão é o impacto negativo das tarifas impostas pela administração de Donald Trump sobre as exportações da região, que enfrenta agora tarifas médias 28,1 pontos percentuais acima dos níveis acordados na Organização Mundial do Comércio.

Segundo o relatório semestral do BAD, as economias asiáticas em desenvolvimento, especialmente a China, foram mais atingidas do que o resto do mundo.

Embora a China enfrente o maior excesso tarifário efetivo (42,1%), o banco manteve as suas previsões de crescimento inalteradas em 4,7% para 2025 e 4,3% para 2026. Em contrapartida, a Índia, descrita como "fortemente afetada", viu as suas previsões reduzidas em 0,2% para 2025 e 0,3% para 2026.

O corte foi ainda mais acentuado no sudeste asiático, com uma previsão de crescimento de 4,3% para ambos os anos, abaixo dos 4,7% projetados anteriormente.

Países como o Camboja, o Vietname e a Malásia são considerados os mais vulneráveis caso se confirmem novos impostos setoriais por parte dos EUA.

Além das tarifas, o BAD alerta para a incerteza global gerada por anúncios de acordos bilaterais norte-americanos sem condições definitivas, a perspetiva de novas taxas sobre produtos farmacêuticos e semicondutores, e a possibilidade de revisão das tarifas já em vigor. Paradoxalmente, na primeira metade de 2025, as exportações das economias asiáticas em desenvolvimento aumentaram 8,1%, impulsionadas por um aumento das importações nos EUA antes da entrada em vigor das novas taxas, o que contribuiu para um crescimento regional de 5,4% nesse período, superior aos 4,9% registados no período homólogo de 2024.

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