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Exportações chinesas caem pela primeira vez desde que Trump impôs tarifas
Tensões Comerciais e Desaceleração Global Travam Exportações Chinesas em Outubro
As exportações da China registaram em outubro a primeira queda mensal desde fevereiro, um resultado inesperado que reflete o impacto das tensões comerciais com os Estados Unidos e uma desaceleração mais ampla.
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As exportações da China caíram 1,1% em outubro em termos homólogos, marcando a primeira queda mensal desde fevereiro.
Este desempenho foi significativamente pior do que as previsões dos economistas consultados pela Bloomberg, que antecipavam um aumento de 2,9%.
As importações também desapontaram, subindo apenas 1% em relação ao ano anterior, aquém da previsão de crescimento de 3,2%. O declínio é atribuído, em parte, a uma nova onda de tensões comerciais com os Estados Unidos. O mês de outubro foi marcado por novas restrições chinesas à exportação de elementos estratégicos de terras raras, ao que o então Presidente dos EUA, Donald Trump, respondeu com ameaças de tarifas adicionais de até 100%. Embora uma cimeira no final do mês entre Trump e o seu homólogo chinês, Xi Jinping, tenha resultado em medidas de desanuviamento, o impacto no comércio bilateral foi severo.
O comércio entre a China e os EUA, denominado em yuan, caiu 24,5% em outubro em comparação com o ano anterior, com as exportações chinesas a recuarem 25% e as importações 22,6%. Analisando o período de janeiro a outubro, o comércio entre as duas maiores economias mundiais diminuiu 15,9% em relação ao período homólogo, afetando mais as exportações chinesas (-17,1%) do que as importações (-11,9%). Em contrapartida, as exportações chinesas de terras raras dispararam 75% entre setembro e outubro, pondo fim a três meses de quedas. O volume vendido aumentou 47,1% em termos anuais, e os preços mais do que triplicaram em comparação com outubro de 2014. Segundo Zichun Huang, analista da consultora britânica Capital Economics, embora as tensões com os EUA sejam um obstáculo, a desaceleração de outubro deveu-se também à diminuição das vendas para outros parceiros comerciais, como a América Latina, a Associação das Nações do Sudeste Asiático (ASEAN) e a União Europeia, bem como à valorização do yuan, que afeta a competitividade chinesa.
O especialista acredita que o recente acordo comercial entre Pequim e Washington terá um efeito positivo limitado.
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