
Last call: PRR tem 315 milhões para financiar a inovação empresarial



A Confederação Empresarial de Portugal (CIP) defendeu, num comunicado divulgado a 8 de setembro, a necessidade de uma política industrial para a saúde, considerando o setor um pilar estratégico para o desenvolvimento do país.
João Pedro Almeida Lopes, presidente do Conselho da Saúde, Prevenção e Bem-Estar da CIP, afirmou que empresários e investigadores estão alinhados com esta visão e apelou ao envolvimento ativo dos ministérios da Reforma do Estado, da Saúde, da Economia e da Coesão Territorial, e da Educação, Ciência e Inovação. O objetivo é reduzir os custos de contexto e criar condições favoráveis para atrair investimento, aumentando assim a capacidade industrial de Portugal na área da saúde.
O apelo da CIP é sustentado pelo desempenho robusto do setor nos mercados externos.
Segundo dados da Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal (AICEP), as exportações da fileira da saúde cresceram 85% no primeiro semestre de 2025. Este resultado dá seguimento à tendência positiva de 2024, ano em que as exportações do setor aumentaram 21,6%, ultrapassando os 4 mil milhões de euros (4.036 milhões de euros), o que representou 5,1% do total das exportações nacionais, de acordo com dados do INE. João Pedro Almeida Lopes destacou que Portugal tem todas as condições para seguir o padrão dos países mais desenvolvidos, que possuem fortes setores de saúde em termos de investigação, desenvolvimento e indústria. Com as competências e investimentos existentes no país, a CIP acredita ser possível continuar a diversificar mercados e a estimular as exportações não apenas de bens, como medicamentos e dispositivos médicos, mas também de serviços, como a realização de ensaios clínicos. Em 2024, os Estados Unidos foram o principal destino das exportações de produtos de saúde portugueses, com uma quota de 29,6%, seguidos pela Alemanha (27,5%), Espanha, França e Bélgica. Um dos artigos refere que o setor da saúde em Portugal engloba cerca de 118 mil empresas, emprega aproximadamente 424 mil pessoas e gera um volume de negócios anual superior a 40 mil milhões de euros.
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