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Investigação ao Concurso de Acesso a Medicina na Universidade do Porto

O concurso especial de acesso ao curso de Medicina da Universidade do Porto está a ser investigado pelo Ministério Público, após a denúncia de irregularidades na admissão de 30 candidatos que não obtiveram a nota mínima exigida.
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O Ministério Público abriu um inquérito ao concurso especial para licenciados de acesso ao curso de Medicina na Faculdade de Medicina da Universidade do Porto (FMUP). A polémica centra-se em 30 candidatos que, apesar de não terem alcançado a classificação mínima de 14 valores na prova de acesso, receberam um e-mail da FMUP a informar que tinham sido admitidos.

Apenas sete estudantes conseguiram obter a nota necessária.

Contudo, estes e-mails de admissão não foram homologados pelo reitor da Universidade do Porto, António de Sousa Pereira, como a lei exige.

A situação gerou um conflito entre a Reitoria e a direção da FMUP.

O reitor denunciou ter recebido pressões de várias pessoas para permitir a entrada dos 30 candidatos. Em contrapartida, a FMUP, através de um comunicado, afirmou ter sido a própria faculdade a alertar proativamente o reitor, a 11 de setembro, para a existência de "eventuais inconformidades processuais" no concurso. Segundo a faculdade, o seu diretor, Altamiro da Costa Pereira, tomou conhecimento das irregularidades a 9 de setembro e, após diligências internas, comunicou o sucedido à Reitoria, que por sua vez participou o caso ao Ministério Público no dia 12 de setembro.

A FMUP reitera que agiu sempre de boa-fé.

O caso ganhou dimensão política e académica.

O ministro da Educação, Fernando Alexandre, criticou o reitor e sugeriu a sua demissão. Tanto o ministro como o reitor foram chamados a prestar declarações no parlamento.

Adicionalmente, o Senado Académico da Universidade do Porto reuniu à porta fechada para ouvir ambas as partes, após um pedido da Federação Académica do Porto (FAP) e das associações de estudantes.

O presidente da FAP também será ouvido no âmbito deste processo.

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