
Preparativos para a COP30 em Brasília



Delegações de cerca de 70 países, incluindo Portugal e Angola, reuniram-se em Brasília para uma reunião preparatória (Pré-COP30) antes da Conferência das Nações Unidas sobre Alterações Climáticas, que terá lugar em Belém, no Brasil, a partir de 10 de novembro. A cimeira é considerada decisiva, assinalando o 10.º aniversário do Acordo de Paris. A ministra do Ambiente e Energia de Portugal, Maria da Graça Carvalho, sublinhou que a COP30 deve ser um "momento político de viragem", alertando que a falta de um acordo global seria um "muito mau sinal". Um dos principais pontos de frustração é o lento ritmo de submissão das Contribuições Nacionalmente Determinadas (NDC), as metas climáticas que cada país se compromete a atingir.
Embora o prazo inicial tenha terminado em fevereiro, apenas 62 dos 198 países apresentaram as suas NDC, com potências como os Estados Unidos, a Índia e a União Europeia ainda em falta.
O Brasil, que preside à COP30, instou os governos a apresentarem as suas metas alinhadas com o objetivo de limitar o aquecimento global a 1,5°C. A União Europeia planeia atualizar a sua NDC com metas de redução de emissões entre 66,25% e 72,5% até 2035.
O financiamento do combate às alterações climáticas continua a ser um obstáculo central nas negociações.
Os países em desenvolvimento, que possuem vastas reservas naturais, carecem de recursos para a transição energética e adaptação. Os compromissos financeiros assumidos pelos países mais desenvolvidos em conferências anteriores, como os 300 mil milhões de dólares anuais prometidos na COP29, não foram cumpridos, gerando críticas e dificultando o avanço das negociações.
A reunião em Brasília visa precisamente "desatar os nós persistentes" nesta matéria.
Neste contexto, a ministra portuguesa Maria da Graça Carvalho está a coordenar um grupo de países focado no tema da "transição justa", com o objetivo de partilhar as melhores práticas para que ninguém fique para trás na transição para energias mais limpas. Portugal é apresentado como um exemplo de que é possível dissociar o crescimento económico das emissões, tendo reduzido os seus gases de efeito de estufa em 38% entre 2005 e 2023. A ministra espera que os debates em Brasília facilitem a obtenção de resultados concretos em Belém, reforçando o multilateralismo e a cooperação internacional.
Artigos
5




Mundo
Ver mais
Governo da Venezuela anunciou, esta segunda-feira, encerramento das embaixadas na Noruega e na Austrália e a abertura de novas representações diplomáticas no Zimbabué e no Burkina Faso. Esta decisão foi tomada com o objetivo de "fortalecer as alianças com o sul global" e como parte de uma "realocação estratégica de recursos", indicou o Governo num comunicado. O executivo do Presidente venezuelano, Nicolás Maduro, acrescentou que as relações bilaterais e o apoio consular à comunidade venezuelana

Israel parou para acompanhar a libertação dos 20 reféns ainda vivos, que coincidiu com a visita de Donald Trump. Hamas só entregou os corpos de quatro dos reféns mortos em cativeiro.

O Presidente norte-americano pressiona Moscovo para resolver a guerra em breve.

O juiz do Supremo Tribunal Federal (STF) do Brasil Alexandre de Moraes decidiu, esta segunda-feira, manter Jair Bolsonaro em prisão domiciliária devido ao "receio de fuga" por parte do ex-Presidente brasileiro. Alexandre de Moraes, relator do processo do ex-Presidente brasileiro, rejeitou um recurso da defesa de Bolsonaro, que foi condenado a 27 anos de prisão por tentativa de golpe de Estado após perder as eleições de 2022 para o atual Presidente, Lula da Silva. "O término do julgamento do méri