
Falta de condições nas escolas marca arranque letivo em Angola



O início do ano letivo em Angola é marcado por críticas severas do Movimento de Estudantes Angolanos (MEA) às condições do sistema de ensino público. Segundo o presidente da organização, Francisco Teixeira, os "problemas básicos" de há mais de cinco anos persistem, acusando o Governo de negligência. As denúncias apontam para uma generalizada falta de carteiras, o que obriga os alunos a sentarem-se no chão, ausência de quadros, materiais didáticos, água corrente e casas de banho operacionais.
A situação é descrita como crítica tanto em províncias como Malanje, Benguela e Huambo, como na capital, Luanda.
Francisco Teixeira sublinha que apenas 12% das escolas têm água corrente e 80% mantêm as casas de banho encerradas. A estes problemas somam-se as dificuldades de matrícula, com escolas a oferecerem apenas 30 vagas, obrigando os encarregados de educação a dormir na rua para garantir um lugar. Estima-se que mais de nove milhões de crianças estejam fora do sistema de ensino. O MEA critica ainda a introdução de línguas nacionais no currículo, considerando-a uma distração face a um défice de 78 mil professores para as disciplinas já existentes e à falta de livros, que obriga os docentes a transcrever toda a matéria no quadro.
Em contraste, a ministra da Educação, Maria do Rosário Bragança, reconhece as dificuldades, mas salienta os "avanços inegáveis" no setor.
Para este ano letivo, foram inscritos 1,9 milhões de novos alunos e disponibilizadas cerca de 130 mil salas de aula, um aumento de 3.247 em relação ao ano anterior. A ministra destacou o investimento na formação, com mais de 60 mil professores capacitados entre 2019 e 2024. Foram também anunciados novos projetos, como o Programa Nacional de Alimentação Escolar, que beneficiará mais de cinco milhões de crianças, o projeto "Aprendizagem em Idade Certa" para combater a "pobreza de aprendizagem" e o projeto "Escola Digital" para modernizar o ensino.
No entanto, para o MEA, a realidade vivida nas escolas públicas representa "a educação possível, não a que os angolanos sonharam".
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