Caso Umo Cani: A Batalha por Justiça Contra a Negligência e a Desinformação



A família de Umo Cani, a grávida de 38 semanas que morreu no Hospital Fernando Fonseca (Amadora-Sintra) após ter sido mandada para casa, tenciona apresentar duas queixas-crime.
As queixas visam a unidade hospitalar, por alegada negligência, e a Ministra da Saúde, Ana Paula Martins, por ter prestado informações falsas sobre o acompanhamento da vítima no Serviço Nacional de Saúde.
O ponto central do conflito reside na contradição entre as declarações iniciais da ministra e do hospital, que afirmaram que a vítima não era seguida nos cuidados primários, e as provas apresentadas pela família.
Familiares e amigos, incluindo a porta-voz Paloma Mendes, mostraram documentos que comprovam que Umo Cani era acompanhada na Unidade Local de Saúde (ULS) Amadora-Sintra desde julho, no centro de saúde de Agualva-Cacém. A família acusa a ministra de desvalorizar o caso, de não assumir responsabilidades e exige um pedido de desculpas, tendo a governante recusado responder quando questionada sobre o assunto.
O caso já teve repercussões políticas significativas.
O Conselho de Administração do Hospital Amadora-Sintra apresentou a demissão na sequência da morte da mãe e, posteriormente, da bebé.
A família, através de Paloma Mendes, apelou publicamente ao primeiro-ministro, Luís Montenegro, para que demita Ana Paula Martins, argumentando que a sua gestão tem sido marcada pela desvalorização de vários casos graves.
A oposição também se manifestou, exigindo mudanças na Saúde e a responsabilização política pelo sucedido.
Braima Seidi, marido de Umo Cani, que se encontra na Guiné-Bissau, acredita que as mortes da mulher e da filha se deveram à forma como foi tratada. Confirmou que a sua esposa estava a ser seguida, que lhe disseram que estava tudo bem com a gravidez e que, na noite em que sentiu dores, a sua irmã ligou para o 112, que demorou a chegar.
Enquanto aguarda as conclusões dos inquéritos, o seu desejo é transladar os corpos para o seu país de origem.
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