O Misterioso Fim do Líder dos Diabos Vermelhos e a Sombra do Crime no Futebol



Sérgio Caetano, líder do grupo organizado de adeptos do Benfica "Diabos Vermelhos", foi encontrado morto na noite de sexta-feira, dentro de um automóvel estacionado perto do Estádio da Luz, em Lisboa. A morte foi causada por um tiro na cabeça e uma arma de fogo encontrava-se junto ao corpo.
A família de Caetano já tinha comunicado o seu desaparecimento à PSP, depois de este não ter regressado a casa. A Polícia Judiciária (PJ) assumiu a investigação e, embora não descarte a hipótese de suicídio, fontes policiais admitem que a morte possa ter ocorrido na sequência de um "negócio de drogas" que terá corrido mal.
Este caso levanta novamente a questão da ligação entre claques de futebol e o crime organizado.
O próprio Sérgio Caetano possuía antecedentes criminais, incluindo posse ilegal de armas e artigos pirotécnicos.
Há dez anos, foi detido com vários petardos que, segundo confessou, seriam para uma retaliação contra adeptos do Sporting. Especialistas referem que indivíduos com interesses para além do futebol utilizam frequentemente as claques para obterem proveitos financeiros ou ideológicos, aproveitando os canais destes grupos para cometer delitos. Além do tráfico de estupefacientes, os artigos alertam para a presença de movimentos de extrema-direita e neonazis nestes grupos.
Em reação, a claque Diabos Vermelhos, fundada em 1982, emitiu um comunicado oficial a lamentar a morte do seu líder e a pedir respeito pela privacidade da família.
Na mesma nota, o grupo desmentiu a informação de que um segundo membro estaria desaparecido.
O Sport Lisboa e Benfica também publicou uma nota de pesar, descrevendo Sérgio Caetano como uma "figura incontornável do universo benfiquista" com uma "dedicação inabalável".











