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Crise no Obamacare: O Fim dos Subsídios e o Desespero Financeiro das Famílias Americanas

Milhões de famílias norte-americanas enfrentam uma crise financeira iminente com o fim dos subsídios governamentais para os seguros de saúde, resultando em aumentos drásticos nos prémios mensais que ameaçam a sua estabilidade e acesso a cuidados médicos.
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Mais de 20 milhões de norte-americanos, maioritariamente da classe média, encaram com pânico o aumento vertiginoso dos custos dos seus planos de saúde a partir de 2026. A causa é a expiração, no final do ano corrente, dos subsídios alargados durante a pandemia de covid-19 e associados ao programa público Affordable Care Act, conhecido como Obamacare.

A questão está no centro de um impasse orçamental em Washington, que paralisou o governo federal, com o Partido Republicano a recusar-se a negociar a prorrogação destes apoios.

Os testemunhos ilustram a dimensão da crise.

Rachel Mosley, uma professora na Flórida e mãe de cinco filhos, viu o prémio mensal do seu seguro familiar saltar de 1.400 para quase 4.000 dólares, um valor que representa um terço do rendimento do seu agregado. Em pânico semelhante está Audrey Horn, uma recém-reformada do Nebraska, cujo prémio mensal aumentará de 1.740 para mais de 2.430 dólares, um acréscimo que o seu orçamento familiar não consegue suportar. Nos Estados Unidos, onde apenas metade dos trabalhadores tem seguro de saúde através do empregador, o Obamacare é vital para trabalhadores independentes, de pequenas empresas ou a tempo parcial. Segundo Mark Shepard, economista da saúde da Universidade de Harvard, o programa foi concebido para "preencher a lacuna" entre os custos exorbitantes dos cuidados de saúde no país e a capacidade financeira dos cidadãos.

Sem estes subsídios, o impacto será severo.

De acordo com o ‘think tank’ KFF, um prémio médio de 888 dólares em 2025 poderá subir para 1.906 dólares em 2026.

As consequências vão para além das finanças familiares: o Congressional Budget Office (CBO) estima que quatro milhões de americanos poderão ser forçados a abdicar da sua cobertura de saúde.

Esta situação, alerta Shepard, arrisca-se a aumentar a mortalidade e a criar um "fardo para a sociedade como um todo".

Pessoas sem seguro tendem a adiar cuidados médicos, acabando nos serviços de urgência com doenças mais graves e acumulando dívidas avultadas, cujo custo recai, em última análise, sobre os hospitais e os governos locais.

Perante a incerteza, cidadãos como Rachel Mosley tentam, sem sucesso, apelar aos seus representantes políticos para que reconsiderem a sua posição.

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