
Troca de acusações entre Keir Starmer e Nigel Farage



Na conferência anual do Partido Trabalhista em Liverpool, o primeiro-ministro Keir Starmer lançou um ataque direto a Nigel Farage, acusando-o de "não gostar do Reino Unido" e de não acreditar no país.
Starmer afirmou que o discurso e as propostas anti-imigração e anti-europeias do Reform UK representam uma "degradação" para a nação. O líder trabalhista defendeu que, embora o controlo da imigração seja um objetivo razoável, propostas como a do Reform UK para abolir a residência permanente para imigrantes legais e deportar pessoas com base na cor da pele constituem racismo, prometendo lutar contra tais ideias "com tudo o que temos". Perante a impopularidade do seu governo nas sondagens e críticas internas, Starmer prometeu que, após um caminho "difícil", haverá "um novo país" e apresentou o "crescimento económico" como o "antídoto para a divisão". A resposta de Nigel Farage surgiu através de um comunicado, no qual se declarou "completamente chocado" com as palavras de Starmer, considerando-as uma "última tentativa desesperada" de um líder que enfrenta "problemas graves" e não consegue o apoio de metade do seu próprio partido.
Farage afirmou que, após este discurso, considera Starmer "inapto para ser o primeiro-ministro".
Em defesa do seu patriotismo, o líder do Reform UK recordou os 30 anos em que lutou pela soberania britânica e o seu papel na campanha do Brexit, acusando Starmer de tentar reverter o resultado e de preferir que o Reino Unido seja governado por entidades externas como Bruxelas ou tribunais internacionais. Farage sustentou que o Reino Unido "está danificado" e que a sua visão para o futuro "é a mais positiva".
Criticou ainda o governo por classificar as suas propostas migratórias como "racistas", alertando que esta linguagem poderia incitar à violência por parte da "esquerda radical".
Concluiu, assegurando que nas próximas eleições autárquicas, em maio, o Reform UK dará a Starmer "uma lição de história política que jamais esquecerá".
O confronto ocorre num momento em que o Partido Reformista lidera as sondagens, superando o Partido Trabalhista.
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