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Fed alerta para aumento dos despedimentos e dos preços nos EUA

A Reserva Federal dos EUA (Fed) divulgou um quadro económico pouco animador para os Estados Unidos, destacando um aumento dos despedimentos e da inflação. A análise, baseada em relatos de agentes económicos, aponta para uma retração do consumo e para os desafios impostos pelas novas tarifas aduaneiras e políticas migratórias.
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A Reserva Federal dos Estados Unidos (Fed) apresentou um panorama económico preocupante no seu "Livro Bege", uma análise regular que compila relatos de agentes económicos. O relatório, cujos dados foram recolhidos até 6 de outubro, indica que um número crescente de empregadores na maioria das regiões do país está a reduzir os seus quadros através de despedimentos ou não substituindo funcionários que saem. Além disso, observa-se uma preferência pela contratação de trabalho temporário ou em regime de part-time em detrimento de contratos a tempo inteiro. Paradoxalmente, certos setores como a hotelaria, restauração, agricultura, construção e indústria enfrentam dificuldades em encontrar mão-de-obra.

A Fed atribui esta escassez às "recentes alterações na política migratória" do governo de Donald Trump, que incluem a restrição da imigração legal e a perseguição a imigrantes em situação irregular.

Esta análise do mercado de trabalho ganha especial relevância num momento em que o relatório oficial sobre o emprego não está disponível devido à paralisia orçamental ("shutdown"), forçando os responsáveis monetários a recorrer a outros indicadores.

Perante as novas tarifas aduaneiras, as empresas adotaram estratégias distintas.

Algumas optaram por manter os preços para preservar a quota de mercado, enfrentando a resistência dos consumidores a gastar mais. Outras, nos setores industrial e de distribuição, repercutiram totalmente os custos adicionais nos consumidores.

Este cenário resultou numa retração geral do consumo, com exceção das vendas de automóveis elétricos, impulsionadas por um crédito fiscal.

A desigualdade no consumo é notória: os agregados familiares mais ricos mantiveram despesas "sólidas" em viagens e hotéis de luxo, enquanto os lares de baixos e médios rendimentos procuraram promoções, pressionados pelo aumento dos preços e pela crescente incerteza económica.

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