
Falta de professores no arranque do ano letivo



Segundo o secretário-geral da Fenprof, José Feliciano Costa, existem atualmente 1.397 horários por preencher, que correspondem a 4.709 turmas.
Deste total, mais de 250 horários são do 1.º ciclo.
A federação sindical estima que o número de alunos afetados ascenda a 109 mil, um valor superior ao do ano anterior, quando, por esta altura, eram reportados entre 92 mil e 93 mil alunos na mesma situação, o que demonstra um agravamento do problema. Apesar da entrada em vigor de um novo regime de Reserva de Recrutamento, que permite a colocação de professores a cada três dias em vez de semanalmente, a medida é insuficiente. José Feliciano Costa sublinha que o problema reside no esgotamento das bolsas de recrutamento em muitas disciplinas, o que significa que, mesmo com concursos mais frequentes, “não há professores, não se colocam”. Adicionalmente, o secretário-geral refere ter recebido queixas de diretores escolares sobre dificuldades na submissão dos pedidos de horários, sugerindo que o número real de vagas por preencher poderá ser superior ao que as plataformas oficiais indicam.
Para a Fenprof, a solução para a crise de recrutamento passa necessariamente pela valorização da carreira docente, através da revisão do Estatuto da Carreira Docente, defendendo que “pequenas medidas de emergência” são insuficientes para uma resolução efetiva.
Em contraste, o ministro Fernando Alexandre afirma que ainda não é possível contabilizar o número exato de alunos sem aulas, mas reitera que “a esmagadora maioria das escolas tem todos os professores colocados”.
O Ministério, após uma auditoria externa ter revelado a impossibilidade de obter dados exatos, está a desenvolver um novo sistema de informação.
O ministro criticou os números avançados pelos sindicatos, considerando que prejudicam a imagem da escola pública.
A nível regional, o Sindicato de Professores da Zona Sul (SPZS) estima que no distrito de Beja existam 32 horários por preencher, afetando cerca de 2.425 alunos.
Os grupos de recrutamento mais carenciados na região são a Educação Pré-escolar e a Educação Especial.
Beja está entre os distritos mais afetados pela falta de professores, juntamente com Lisboa, Setúbal, Faro, Porto, Santarém e Leiria.
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