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Angola: Entre a Homenagem e a Controvérsia, a Reconciliação Nacional em Xeque

A condecoração póstuma do ex-Presidente José Eduardo dos Santos pelo seu sucessor, João Lourenço, desencadeou uma forte reação da família dos Santos, expondo as profundas fissuras na narrativa de reconciliação nacional em Angola.
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O Presidente angolano, João Lourenço, condecorou postumamente o seu antecessor, José Eduardo dos Santos, que governou o país entre 1979 e 2017, com a Medalha da Classe de Honra. Na cerimónia, o atual chefe de Estado destacou o "papel ímpar no alcance da paz e reconciliação nacional" de José Eduardo dos Santos.

A distinção foi recebida em nome da família pelos filhos Danilo e Joseana dos Santos. Contudo, a homenagem foi veementemente contestada por Tchizé dos Santos, filha do ex-Presidente.

A empresária e antiga deputada do MPLA questionou a legitimidade de João Lourenço para promover a reconciliação, acusando-o de ter perseguido o seu pai e os seus correligionários, a quem chamou "marimbondos".

Tchizé dos Santos classificou o evento como "teatro", sublinhando que figuras centrais da família, como ela própria, a empresária Isabel dos Santos e o seu irmão José Filomeno dos Santos, não foram contactadas para a cerimónia.

As críticas refletem as tensões prolongadas entre o atual Presidente e parte da família do seu antecessor.

Apesar de ter sido o sucessor escolhido por José Eduardo dos Santos, a relação entre ambos deteriorou-se após a instauração de processos judiciais contra os filhos do ex-chefe de Estado, no âmbito da luta contra a corrupção que os visados consideram seletiva. Tchizé dos Santos relembrou ainda a "humilhação" no tratamento dado ao pai após a sua morte em 2022, exigindo um pedido de desculpas formal.

Este episódio ocorre num contexto mais amplo de debate sobre a justiça e a reconciliação em Angola.

Paralelamente à condecoração, o Presidente João Lourenço exortou os novos magistrados empossados a melhorarem a perceção pública sobre a justiça no país.

Simultaneamente, o principal partido da oposição, a UNITA, lamentou a ausência do Governo num Congresso da Reconciliação, que via como um "convite ao diálogo".

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