Confissão nas Redes Sociais: Filha de José Manuel Anes Principal Suspeita de Tentativa de Homicídio



José Manuel Anes, professor universitário de 81 anos e ex-presidente do Observatório de Segurança, Criminalidade Organizada e Terrorismo, foi vítima de uma brutal tentativa de homicídio. O ataque ocorreu na sua residência, onde foi esfaqueado várias vezes, tendo sido posteriormente internado em estado grave no Hospital de S. José.
A principal suspeita do crime é a sua filha, Ana Anes, também identificada como Ana Rawson.
As suspeitas sobre a sua autoria baseiam-se, em grande parte, na sua atividade nas redes sociais momentos após o incidente.
Ao longo da tarde, e minutos depois de o seu pai ter sido agredido, Ana Anes fez várias publicações no Facebook.
Nestas partilhas, descritas como "frases soltas", terá confessado as agressões.
A frase que obteve maior destaque foi: "Acho que deixei o meu pai sem olhos".
Estas publicações são amplamente consideradas como uma confissão da tentativa de homicídio, onde a suspeita descreve o que terá feito à vítima.
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Monocultura, golfe e turismo são apontados como as maiores pressões sobre os recursos hídricos. Os dados do programa europeu Copernicus revelam que, com a escassez de águas subterrâneas, o solo da região tem vindo a abater.A pressão sobre os recursos hídricos, combinado com os efeitos das alterações climáticas estão a esgotar a capacidade de armazenamento de água do aquífero de Alcácer do Sal. Foto: Vitor Oliveira de Torres Vedras, PORTUGAL, CC BY-SA 2.0, via Wikimedia CommonsOs dados geoespaciais do programa europeu Copernicus, que monitoriza os meios terrestres e marinhos, bem como a atmosfera e as alterações climáticas da Terra, revelam que o solo da região litoral de Alcácer do Sal e de Grândola, no Baixo Alentejo, têm vindo a abater vários centímetros ao longo dos últimos cinco anos.O Copernicus é um sistema de observação da Terra composto por uma frota de satélites europeus Sentinel e instrumentos in-situ – no solo, mar e ar –que recolhem e disponibilizam dados gratuitos usados para monitorizar o meio ambiente.O evento não é propriamente uma novidade, uma vez que os estudos do Laboratório Nacional de Engenharia Civil (LNEC) já vinham alertando para os perigos do uso excessivo de águas subterrâneas na região, que poderiam resultar em rebaixamentos do solo.A agricultura intensiva é, juntamente com os empreendimentos turísticos, apontada como uma das causas para a escassez de águas subterrâneas em Alcácer do Sal. Foto: Matthias Oben via PexelsO fenómeno, confirmado agora pelas imagens de satélite em alta-resolução e instrumentos de medição do programa Copernicus, ocorre em toda a região onde se encontra a formação geológica subterrânea. O peso da urbanização e da agricultura intensivaO abatimento dos terrenos assume particular gravidade nos locais onde foram construídos campos de golfe, unidades hoteleiras e vastas extensões de agricultura intensiva, como são os casos das plantações de abacates e de citrinos.Artigo relacionadoCom que rapidez as águas subterrâneas são recarregadas? A resposta permitirá uma gestão mais sustentávelO aquífero da margem esquerda de Alcácer do Sal, também denominado de T3, é um sistema que abrange os municípios de Alcácer do Sal e de Grândola, fazendo parte de uma grande unidade hidrogeológica ligada à Bacia do Tejo-Sado. A sua recarga é feita por infiltração direta, quer da precipitação, quer a partir de cursos de água, na parte mais elevada do seu percurso na bacia. Portugal Continental tem 62 sistemas aquíferos agrupados em quatro unidades hidrogeológicas: Maciço Antigo, Orla Ocidental, Orla Meridional e Bacia do Tejo-Sado. O aumento da pressão sobre os recursos hídricos, combinado com os efeitos das alterações climáticas são, portanto, os fatores que mais contribuem para esgotar a capacidade de armazenamento de água do aquífero.Artigo relacionadoOs eco-solos têm o efeito de uma esponja! Boas notícias para as águas subterrâneas!O que está a acontecer, na prática, é uma extração de água superior àquela que entra no aquífero. Como resultado, os espaços antes preenchidos por água, abateram num efeito em cadeia, originando depressões na superfície do solo.Perdas de reservas de água superiores à recarga naturalA região da Bacia do Tejo-Sado possui um dos sistemas aquíferos mais importantes do país, com uma produtividade superior a 30 litros por segundo. Mas, segundo a Associação de Agricultores de Alcácer do Sal, o aquífero da margem esquerda de Alcácer do Sal já perdeu, nas últimas duas décadas, 50% das reservas de água, passando de 60 hm3 para 30 hm3.O consumo anual, de acordo com a associação, já ultrapassa a recarga natural, com um défice de 3 hm³/ano, com as perdas anuais a duplicarem nos últimos cinco anos.O açude de Murta é um spot de biodiversidade, mas o uso insustentável das águas subterrâneas pode colocá-lo em risco. Foto: GEOTAAs consequências são já visíveis a olho nu, advertem as associações ambientalistas, com a lagoa de Melides e o açude de Murta em risco, bem como poços e furos contaminados com água salobra.O açude de Vale dos Coelheiros, em Grândola, é apontado como o melhor exemplo para ilustrar o impacto que os usos excessivos das águas subterrâneas têm provocado na região. Segundo um recente estudo realizado pelo geólogo e hidrogeólogo Jorge Duque, do Gabinete de Planeamento e Gestão do Território (GGT), o reservatório tinha um volume de cerca de 3,5 hectómetros, que desapareceu em pouco mais de três anos, em 2023.O declínio de pinheiros-mansos e sobreirosNum território que até 2015 estava coberto de povoamentos de pinheiro-manso e montado de sobro, crescem agora as explorações agrícolas de elevada exigência hídrica e empreendimentos turísticos. 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Estudo hidrogeológico e climático-hidrológico do prédio 54 e envolvente ao açude de vale de coelheiros, em muda (Grândola). Gabinete de Planeamento e Gestão do Território, Lda (GGT) O Aquífero de Alcácer do Sal (Margem Esquerda), fonte de vida para a nossa agricultura, está em colapso. Associação de Agricultores de Alcácer do Sal




