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Fogo do Douro Internacional é uma catástrofe natural e ambiental

A Ministra do Ambiente, Maria da Graça Carvalho, classificou o incêndio que deflagrou no Parque Natural do Douro Internacional como uma "catástrofe ambiental e paisagística", sublinhando o impacto devastador na segunda maior área protegida de Portugal.
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Durante uma visita ao miradouro do Carrascalinho, em Freixo de Espada à Cinta, a Ministra do Ambiente, Maria da Graça Carvalho, descreveu o incêndio que começou a 15 de agosto como uma “catástrofe ambiental e paisagística”. O fogo, que deflagrou em Poiares, Freixo de Espada à Cinta, consumiu mais de cinco mil hectares dentro do Parque Natural do Douro Internacional (PNDI) e alastrou-se aos concelhos vizinhos de Torre de Moncorvo e Mogadouro. Dados provisórios da GNR apontam para um total de cerca de 12 mil hectares ardidos, enquanto o Sistema de Gestão de Informação de Incêndios Florestais (SIGF) registava 11.697 hectares até 24 de agosto. A destruição afetou pastagens, culturas como olival, amendoal, vinha e laranjal, além de floresta e colmeias.

Cerca de 400 operacionais combateram as chamas, mas a ausência de meios aéreos devido às condições climatéricas foi notada.

O Ministério do Ambiente, através do Instituto da Conservação da Natureza e Florestas (ICNF) e da Agência Portuguesa do Ambiente (APA), já iniciou intervenções de urgência para evitar derrocadas e a contaminação das águas pelas cinzas. Estão também em curso ajudas para a reposição do potencial produtivo agrícola, tuteladas pelos Ministérios da Economia e da Agricultura.

A ministra salientou a preocupação com a reposição de todo o ecossistema, incluindo fauna e flora.

O plano de restauro ambiental focará a diminuição do risco de futuros incêndios, baseando-se em lições aprendidas e nas melhores práticas científicas, como a plantação de espécies arbóreas mais resilientes e resistentes ao fogo, à semelhança do que existe nos Parques Naturais do Alvão e Peneda-Gerês. Foi ainda destacado o impacto em projetos de conservação da avifauna, como o programa ibérico “LIFE Aegypius Return”, para a salvaguarda do abutre-preto, que sofreu prejuízos superiores a 30 mil euros com a destruição de ninhos e outras estruturas. Maria da Graça Carvalho garantiu que tudo será feito para repor o projeto e alertou que serão necessários vários anos para a recuperação total do ecossistema.

Existem ajudas diretas regulamentadas para as áreas protegidas afetadas.

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