Cinema Português em Destaque: Da Fantasia Rural à Memória Coletiva, Filmes Nacionais Conquistam Ecrãs

O cinema português recente celebra marcos importantes tanto a nível nacional como internacional, com as estreias de “O Velho e a Espada”, de Fábio Powers, e “Fogo do Vento”, de Marta Mateus. “O Velho e a Espada” teve a sua estreia nacional a 23 de outubro, em Portimão.

O filme é descrito como um “insólito e divertido camp film à portuguesa”, que mistura comédia e fantasia, homenageando o cinema B e o universo tokusatsu japonês.

A sua sinopse apresenta um herói improvável, um reformado da construção civil que, com uma garrafa de vinho e uma espada possuída, luta contra uma força maléfica nas florestas da Beira Baixa.

A produção já obteve um assinalável reconhecimento internacional, com mais de 30 prémios arrecadados em mais de 100 festivais desde a sua estreia no Fantasia International Film Festival.

O seu universo está também a ser expandido para uma banda desenhada e um jogo.

Paralelamente, a primeira longa-metragem de Marta Mateus, “Fogo do Vento”, estreia-se nos Estados Unidos, no Anthology Film Archives em Nova Iorque, com a presença da realizadora.

Esta obra, uma coprodução entre Portugal, Suíça e França, aprofunda as histórias de uma comunidade alentejana, convocando a memória de gerações anteriores, desde a resistência à ditadura salazarista até ao presente.

O filme teve a sua estreia mundial no Festival de Locarno e já foi premiado em diversos certames internacionais, como em Atenas, Gijón e Coimbra. Apesar do sucesso no estrangeiro, a obra ainda não teve estreia comercial em Portugal.

O reconhecimento do trabalho de Marta Mateus nos EUA estende-se ao circuito académico, com convites para apresentar os seus filmes em universidades de renome como Harvard, Yale, Princeton, Stanford e Berkeley.

O Harvard Film Archive dedica-lhe, inclusive, um ciclo intitulado “A Terra!

The Cinema of Marta Mateus”.