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343 mil hectares ardidos em Espanha, um recorde anual no país

Portugal e Espanha enfrentam um verão devastador marcado por incêndios florestais que já consumiram centenas de milhares de hectares, destacando a urgência da prevenção e a investigação sobre a origem dos fogos.
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Em Espanha, os incêndios já queimaram um recorde de 343 mil hectares este ano, superando o valor de 306 mil hectares registado em 2022, segundo dados do Sistema Europeu de Informação sobre Incêndios Florestais (EFFIS).

As regiões mais afetadas situam-se no noroeste e oeste do país, nomeadamente a Galiza, Castela e Leão e a Extremadura, todas na fronteira com Portugal.

O recorde europeu de área ardida num só ano continua a pertencer a Portugal, com 563 mil hectares destruídos em 2017, ano em que os fogos vitimaram 119 pessoas. Em Portugal, a situação é igualmente grave.

Segundo dados provisórios do Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF), até 17 de agosto já tinham ardido 172.054 hectares em espaços rurais, valor que ultrapassa o total do ano de 2024 e constitui a segunda maior área ardida desde 2017. Desde o início do ano, deflagraram 6.378 incêndios, que afetaram maioritariamente povoamentos florestais (45%) e matos (42%).

Os fogos, que atingiram sobretudo as regiões Norte e Centro, provocaram dois mortos, vários feridos e a destruição de habitações e explorações agrícolas.

A ação humana surge como uma causa relevante, tendo a Polícia Judiciária detido, na semana de 10 a 16 de agosto, pelo menos 10 pessoas por suspeita do crime de incêndio florestal.

As detenções ocorreram em diversas localidades, como Gondomar, Pinhel, Lousada e Vila Nova de Gaia.

Os suspeitos, com idades entre os 19 e os 88 anos, terão recorrido a chama direta, utilizando isqueiros, por motivações que incluem problemas de alcoolismo, conflitos de vizinhança ou sem motivo aparente. Face à severidade da situação, Portugal ativou o Mecanismo Europeu de Proteção Civil para reforçar os meios de combate. Em paralelo, organizações como o Grupo de Estudos de Ordenamento do Território e Ambiente (GEOTA) alertam para a urgência de uma mudança na gestão florestal, defendendo a aposta em espécies autóctones mais resistentes. Através de projetos de restauro ambiental em áreas como Monchique e a Serra da Estrela, o GEOTA realça a importância de envolver as comunidades locais e sublinha que “o tempo da prevenção, do planeamento e da recuperação é agora”.

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