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Política Sexta-feira, Agosto 8

Negociações de paz entre a Rússia e a Ucrânia foram retomadas: falou-se de uma troca de prisioneiros e um possível encontro entre Zelensky e Putin

As negociações de paz entre a Rússia e a Ucrânia foram retomadas com resultados modestos, enquanto o Presidente Volodymyr Zelensky enfrenta uma crise interna devido a uma controversa lei anticorrupção que gerou os maiores protestos desde o início da guerra.
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Delegações da Rússia e da Ucrânia reuniram-se na Turquia para uma nova ronda de negociações de paz, descrita como a mais curta da guerra, que resultou em progressos limitados. O único acordo alcançado foi a realização de novas trocas de prisioneiros de guerra e de corpos. Um cessar-fogo continua a ser uma perspetiva distante, com a Rússia a rejeitar um encontro ao mais alto nível entre Vladimir Putin e Volodymyr Zelensky para discutir propostas de paz, embora tenha proposto tréguas de curta duração. Do lado ucraniano, foi manifestado o desejo de um encontro entre Zelensky, Putin e os presidentes Trump e Erdoğan. Poucas horas após o fim das conversações, as hostilidades foram retomadas, com Kiev a atacar localidades russas no sul do Mar Negro, causando um morto, e a Rússia a bombardear o porto de Odessa. Analistas consideram que Putin não pretende abrandar a sua ofensiva de verão, que lhe está a conferir vantagem no terreno.

Paralelamente aos esforços diplomáticos, o Presidente Zelensky enfrenta uma significativa contestação interna. A promulgação de uma nova lei que coloca as agências anticorrupção independentes — o Gabinete Nacional Anticorrupção (NABU) e o Gabinete Especializado Anticorrupção (SAPO) — sob a tutela do procurador-geral, que por sua vez depende da presidência, desencadeou os maiores protestos na Ucrânia desde a invasão russa de 2022. Zelensky justificou a medida com a necessidade de combater a "ingerência russa" e a falta de resultados em certos processos, como uma alegada fuga de documentos para os serviços de segurança russos. A multidão, composta por muitos jovens, protestou em várias cidades gritando "Veto!".

A controversa legislação provocou uma forte reação da União Europeia. A Comissão Europeia, através da sua presidente Ursula von der Leyen, expressou "sérias preocupações" com as consequências da lei e exigiu explicações formais a Kiev. Um porta-voz do executivo comunitário sublinhou que, como país candidato à adesão, espera-se que a Ucrânia respeite integralmente o Estado de direito e o combate à corrupção, sem "concessões". Comentadores analisam a situação como uma possível "regressão democrática", com um a sugerir que Zelensky se está a aproximar de um "modelo autocrático".

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