Escalada de Ataques: Ucrânia Responde à Ofensiva Russa com Golpes Estratégicos em Território Inimigo

Numa intensificação do conflito, as forças ucranianas e russas trocam ataques de grande escala, com Kyiv a visar a logística e as infraestruturas económicas russas em resposta à ofensiva sobre Pokrovsk e aos bombardeamentos contra as suas cidades.

A Rússia intensificou as suas operações militares no leste e sul da Ucrânia, focando-se na conquista da cidade estratégica de Pokrovsk, na região de Donetsk, antes da chegada do inverno.

Esta ofensiva é acompanhada por bombardeamentos intensivos contra infraestruturas energéticas e civis em várias regiões ucranianas.

Um destes ataques em larga escala, realizado com 430 drones e 19 mísseis, resultou na morte de pelo menos seis pessoas em Kyiv e duas em Chornomorsk, para além de 35 feridos e danos em edifícios residenciais e na embaixada do Azerbaijão.

O secretário-geral da ONU, António Guterres, condenou veementemente estes atos, classificando os ataques contra civis como "inaceitáveis" e uma violação do direito internacional humanitário.

Em resposta, as forças ucranianas anunciaram ter desferido golpes significativos contra alvos militares e logísticos russos.

Na frente de batalha de Pokrovsk, o 7.º Corpo Aerotransportado reivindicou o corte de uma rota logística russa ao destruir a estrada que liga Selydove a Pokrovsk, impedindo a infiltração de veículos ligeiros inimigos. Adicionalmente, o exército ucraniano está a construir novas barreiras de engenharia para reforçar as suas posições defensivas na área, que se tornou no principal campo de batalha do conflito.

A Ucrânia também demonstrou a sua crescente capacidade de ataque a longa distância, visando infraestruturas estratégicas em território russo e ocupado.

Foram confirmados ataques a uma refinaria de petróleo em Ryazan, que produz combustível para a aviação militar russa, e a outra em Saratov.

No sul da Rússia, um ataque com mísseis Neptune e drones atingiu o porto de Novorossiysk, danificando um terminal petrolífero e um sistema de mísseis S-400. Outros alvos incluíram uma estação de radar Nebo-U na Crimeia, um comboio militar em Tokmak e uma concentração de tropas perto de Volchansk.

O Presidente Volodymyr Zelensky destacou a eficácia crescente do armamento de produção ucraniana nestas operações.