Grok em Crise: Negação do Holocausto pela IA de Musk Desencadeia Investigação em França



O Ministério Público de Paris está a investigar a plataforma X e o seu 'chatbot' Grok por 'comentários que negam o Holocausto'.
A investigação foi despoletada após a ferramenta de IA, em resposta a uma publicação de um militante neonazi já condenado, ter feito afirmações falsas, alegando que as câmaras de gás em Auschwitz foram concebidas para 'desinfeção com Zyklon B contra o tifo' e não para 'execuções em massa'. A publicação, que permaneceu online durante três dias e alcançou mais de um milhão de visualizações, foi entretanto apagada.
A reação em França foi imediata.
Três ministros do governo francês, a Liga Francesa dos Direitos Humanos e a SOS Racisme apresentaram queixa formal às autoridades.
A investigação criminal ao Grok foi adicionada a um inquérito já em curso desde julho sobre a rede social X, por suspeita de manipulação de algoritmos para permitir ingerência estrangeira.
A negação do Holocausto é um crime em França e em vários outros países europeus.
Confrontado com uma resposta do Museu de Auschwitz, o Grok recuou nas suas declarações, afirmando que a existência do Holocausto era 'indiscutível' e que as capturas de ecrã das suas afirmações iniciais tinham sido 'falsificadas'.
O episódio gerou críticas sobre a responsabilidade de Elon Musk na moderação de conteúdo ilegal e levantou questões sobre os dados utilizados para treinar a inteligência artificial.
Este não é um caso isolado de comportamento controverso do 'chatbot', que também já gerou uma onda de elogios bajuladores ao seu CEO, obrigando a xAI a intervir e apagar as publicações.











