
Protestos em França contra a Austeridade



O governo francês mobilizou 80 mil polícias e gendarmes para as manifestações contra a austeridade agendadas para esta quinta-feira.
O ministro do Interior, Bruno Retailleau, anunciou que são esperadas mobilizações "fortes", com as autoridades a estimarem a participação de até 800 mil pessoas em todo o país.
Se estes números se confirmarem, a dimensão do protesto poderá ser quatro vezes superior à da manifestação de 10 de setembro. As autoridades preveem a possibilidade de violência, antecipando a presença de "cinco a dez mil pessoas" com intenção de causar distúrbios, que o ministro identificou como "infiltrados" de "extrema-esquerda". Para garantir a segurança, além do contingente humano, serão utilizados meios como drones de vigilância, veículos blindados e uma dezena de canhões de água. O ministro do Interior afirmou ter dado "instruções claras" de "firmeza" e "autoridade" às forças de segurança. A manifestação foi convocada por oito sindicatos que se opõem a um plano de austeridade de 44 mil milhões de euros proposto para 2026 pelo anterior governo do primeiro-ministro François Bayrou, que caiu a 8 de setembro. O protesto visa também influenciar as negociações do novo primeiro-ministro, Sébastien Lecornu, que está a realizar uma ronda de contactos com sindicatos, patronato e líderes políticos para formar governo e preparar o orçamento do próximo ano. Lecornu tem reuniões agendadas com líderes socialistas, ambientalistas, comunistas e também com os líderes da extrema-direita, Marine Le Pen e Jordan Bardella.
O impacto da greve associada aos protestos deverá ser significativo, especialmente nos transportes.
Bruno Retailleau antecipou "um dia sombrio em Paris", com a Autoridade de Transportes da capital a alertar que 13 das 16 linhas de metropolitano funcionarão apenas em horário de ponta. As três linhas automáticas, que não necessitam de condutor, deverão operar normalmente.
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