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Macron nomeia ministro da Defesa Sébastien Lecornu como primeiro-ministro

O primeiro-ministro francês, François Bayrou, demitiu-se após o seu governo ter sido derrubado numa moção de confiança, mergulhando a França numa nova crise política e forçando o Presidente Emmanuel Macron a procurar o quinto chefe de governo do seu segundo mandato.
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François Bayrou apresentou formalmente a sua demissão ao Presidente Emmanuel Macron um dia depois de o seu governo ter perdido uma moção de confiança na Assembleia Nacional por uma larga margem de 364 votos contra e 194 a favor. A moção, convocada pelo próprio Bayrou, pretendia reforçar a sua liderança e validar um controverso plano orçamental para 2026 que incluía cortes na ordem dos 44 mil milhões de euros para controlar a crescente dívida pública francesa, que já ultrapassa os 114% do PIB. A queda do executivo, que esteve em funções apenas nove meses, marca a primeira vez na história da Quinta República que um governo é derrubado por uma moção de confiança. Em resposta, o Palácio do Eliseu anunciou que Macron "tomou nota" da demissão e nomeará um novo primeiro-ministro "nos próximos dias", afastando, para já, o cenário de eleições antecipadas pedido pelos partidos da oposição, como a União Nacional e a França Insubmissa.

A instabilidade política agrava-se, sendo Bayrou o quarto primeiro-ministro a cair em dois anos, sucedendo a Michel Barnier, que esteve no cargo apenas três meses.

Coincidindo com a crise, o prémio de risco da dívida francesa ultrapassou o de Itália pela primeira vez em mais de duas décadas, atingindo 82 pontos base. O principal desafio de Macron é encontrar um sucessor capaz de obter apoio num parlamento fragmentado.

Vários nomes são considerados, abrangendo diferentes espectros políticos.

No campo centrista de Macron, destacam-se o ministro da Defesa, Sébastien Lecornu, e o ministro das Finanças, Éric Lombard.

Uma viragem à esquerda poderia incluir o líder do Partido Socialista, Olivier Faure, que se mostrou disponível, ou figuras mais moderadas como o ex-primeiro-ministro Bernard Cazeneuve e o atual presidente do Tribunal de Contas, Pierre Moscovici. Do lado da direita, mencionam-se nomes como Bruno Retailleau.

O novo primeiro-ministro terá a tarefa urgente de negociar o orçamento e restaurar a estabilidade governativa, enquanto sindicatos e movimentos sociais já planeiam manifestações por todo o país.

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