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Relato de 'Terror' em Santarém: Ataque com Faca em Centro de Toxicodependência Fere Oito

Um utente de 25 anos feriu oito pessoas com uma arma branca num centro de tratamento de toxicodependência em Santarém, num ato descrito por uma funcionária como de "autêntico terror". O ataque foi espoletado pela recusa do agressor em ser expulso da instituição.

Na passada terça-feira, a Associação Picapau, um centro de apoio a toxicodependentes em Almoster, Santarém, foi palco de um violento ataque. Um utente de 25 anos, ao ser informado da sua expulsão, reagiu de forma agressiva, utilizando uma faca de cozinha para ferir oito pessoas. O incidente, descrito por uma técnica da instituição, Vera Batista, como de "autêntico terror", gerou pânico entre utentes e funcionários. Segundo o relato de Vera Batista, viveram-se "horas de pânico" durante os 40 minutos que as autoridades demoraram a chegar ao local, situado a 10 quilómetros de Santarém. Durante este período, o agressor vandalizou as instalações, partindo vidros, portas e extintores, enquanto os funcionários e os restantes utentes tentavam barricar-se para se protegerem.

O alerta foi dado às 14:35, mobilizando 32 operacionais, 12 veículos, um helicóptero do INEM e uma Viatura Médica de Emergência e Reanimação (VMER).

O ataque resultou em oito feridos com diferentes graus de gravidade: dois graves, que foram transportados para os hospitais de Santarém e Vila Franca de Xira, quatro ligeiros por ferimentos de arma branca, uma vítima de agressão física e outra por doença súbita. Vera Batista confirmou que os dois feridos graves estão "estáveis e fora de perigo", e que alguns dos outros feridos já tiveram alta hospitalar.

O agressor foi detido pela GNR pouco depois do ataque e será presente a tribunal na quinta-feira.

Apesar do choque, a instituição está a retomar a normalidade.

As atividades diárias foram reestabelecidas e a equipa, juntamente com os utentes, está a proceder à limpeza e reparação dos danos, que se concentraram maioritariamente na zona da secretaria.

A técnica assegurou que todas as vítimas e utentes estão a receber acompanhamento psicológico para ultrapassar o trauma, descrevendo o sucedido como "um ato isolado, de que ninguém estava à espera".