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Drones: Inovação Portuguesa e Tensões Geopolíticas

Enquanto uma nova empresa portuguesa, a POST77, lança um drone de vanguarda com aplicações civis e militares, a recente incursão de drones russos em território da NATO sublinha a crescente importância e o risco associado a estes veículos aéreos não tripulados no atual cenário geopolítico.
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Foi anunciada a criação da POST77, uma nova empresa portuguesa dedicada ao desenvolvimento de drones. Fundada por Pedro Sinogas, cofundador da Tekever, e por Django L’or, do grupo neerlandês LSIG, a companhia visa desenvolver drones autónomos de uso dual para responder às necessidades da NATO, dos seus aliados e de outras instituições de segurança, bem como para aplicações civis críticas.

O primeiro produto da empresa é o POST77 AETHON, um drone modular que combina descolagem e aterragem vertical (VTOL) com inteligência artificial (IA), permitindo-lhe operar com total autonomia mesmo em ambientes sem GPS ou comunicações, e atuar em rede como um enxame. Com um custo anunciado como reduzido face aos concorrentes, o AETHON atinge uma velocidade de cruzeiro de 250 km/h e tem uma autonomia de até 1.750 km. A empresa desenvolveu também a plataforma de software P77 Aegis Autonomy Suite, que permite a um único operador controlar dezenas de drones. As aplicações previstas vão desde missões militares de vigilância e reconhecimento a tarefas civis como combate a incêndios, busca e salvamento e monitorização de infraestruturas.

A POST77 está a realizar uma ronda de financiamento para acelerar a sua industrialização, contando já com investidores como Ricardo Costa, Miguel Frasquilho e Bernardo Blanco.

O lançamento da empresa ocorre num contexto de crescente tensão geopolítica relacionada com o uso de drones. Recentemente, cerca de 20 drones russos entraram no espaço aéreo da Polónia, no que foi considerado o incidente direto mais sério num Estado-membro da NATO desde o início do conflito na Ucrânia.

Os serviços de inteligência polacos suspeitam que os danos numa casa não foram causados por um drone russo, mas sim por um míssil de interceção ocidental. Em resposta, a NATO ordenou um reforço militar no seu flanco oriental, com o Reino Unido a lançar a operação “Sentinela de Leste”, destacando caças Typhoon para missões de defesa na Polónia, juntando-se a forças de outros países aliados.

A Roménia também relatou a violação do seu espaço aéreo por um drone russo.

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