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Dupla Pressão sobre Musk: Investidores Contestam Bónus e Estudos Revelam Impacto Negativo nas Vendas da Tesla

Elon Musk enfrenta um crescente escrutínio tanto dos investidores como do mercado, com o fundo soberano da Noruega a opor-se a um pacote de remuneração recorde e novos estudos a quantificarem o impacto negativo da sua imagem polarizadora nas vendas da Tesla.
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O fundo soberano da Noruega, um dos dez maiores acionistas da Tesla, anunciou que votará contra o pacote de remuneração para Elon Musk, avaliado em mais de um bilião de dólares. A decisão, que será formalizada na assembleia-geral de acionistas a 6 de novembro, baseia-se em preocupações com a "dimensão total do prémio, a diluição e a falta de mitigação do risco associado a uma figura-chave". O Norges Bank Investment Management, que gere o fundo, detém uma participação de 1,14% na construtora de automóveis elétricos. Esta não é a primeira vez que o fundo se opõe a uma remuneração do CEO; já tinha votado contra um plano anterior, que, apesar de aprovado pelos acionistas, foi posteriormente rejeitado por um tribunal do Delaware. O plano proposto prevê a atribuição de opções de ações a Musk ao longo de dez anos, o que poderia aumentar a sua participação para até 30% da empresa, um controlo que o próprio justificou como necessário para gerir o futuro "enorme exército de robôs" da Tesla. A presidente da Tesla, Robyn Denholm, chegou a alertar que o CEO poderia abandonar a empresa caso o pacote não fosse aprovado.

A consultora Institutional Shareholder Services (ISS) também recomendou o voto contra a proposta, considerando-a de "escala astronómica".

Paralelamente à pressão dos investidores, um estudo do Gabinete Nacional de Investigação Económica (NBER) dos EUA, conduzido por investigadores da Universidade de Yale, revelou que as posições políticas polarizadoras de Elon Musk tiveram um custo significativo para a Tesla. A análise concluiu que, sem o "efeito partidário de Musk", a empresa poderia ter vendido entre 1 e 1,26 milhões de veículos adicionais nos EUA entre outubro de 2022 e abril de 2025. O estudo aponta que a perceção negativa sobre Musk entre os eleitores democratas aumentou de 28% para 92% desde 2021.

Esta quebra nas vendas da Tesla acabou por beneficiar outros fabricantes de veículos elétricos e híbridos e dificultou o cumprimento de metas ambientais em estados como a Califórnia.

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