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Multilateralismo Sob Tensão: Boicotes no G20 e Impasse na COP30 Revelam Fissuras Globais

A cimeira do G20 em Joanesburgo, marcada por ausências notórias, e a tensa COP30 em Belém, à beira do colapso, expõem as profundas dificuldades da cooperação internacional para responder aos desafios mais prementes do planeta.
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Na abertura da cimeira do G20 em Joanesburgo, o Presidente sul-africano, Cyril Ramaphosa, defendeu o multilateralismo como a única solução para os desafios globais. A agenda da cimeira, a primeira a realizar-se em África, focou-se no alívio da dívida, no combate à desigualdade económica e na transição energética justa.

Entre as propostas estava a criação de um Painel Internacional sobre a Desigualdade, nos moldes do IPCC, com base numa recomendação do Prémio Nobel Joseph Stiglitz.

No entanto, o apelo à cooperação foi ofuscado por ausências significativas.

O Presidente dos EUA, Donald Trump, boicotou o evento, acusando o governo sul-africano de perseguição aos africânderes, e não enviou representantes.

Também os presidentes da China, Xi Jinping, da Rússia, Vladimir Putin, do México, Claudia Sheinbaum, e da Argentina, Javier Milei, não compareceram, enviando delegações em seu lugar.

A cimeira marca o fim de um ciclo de presidências do G20 por países do Sul Global (Indonésia, Índia, Brasil e África do Sul).

A liderança passará para os Estados Unidos, que já anunciaram a intenção de focar o grupo na cooperação económica, com a próxima cimeira prevista para 2026 num campo de golfe da família Trump.

Esta crise no multilateralismo reflete-se igualmente na cimeira climática COP30, onde as negociações atingiram um ponto crítico.

Um bloco crescente de mais de 70 países, incluindo a União Europeia, Portugal, nações insulares e latino-americanas, ameaça chumbar o texto final proposto pela presidência brasileira.

O motivo da discórdia é a falta de ambição no que toca à redução de emissões, com o grupo a defender que “é preferível não haver acordo a fingirmos que há compromisso com o Acordo de Paris”.

A recusa em aceitar um texto considerado fraco, enquanto grandes emissores evitam compromissos robustos, levou as negociações a um impasse, ilustrando as profundas divisões que dificultam a ação global concertada.

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