Troca de Corpos em Gaza: Um Cessar-Fogo Frágil Sob Pressão Diplomática Internacional



O Hamas procedeu à entrega de mais corpos de reféns a Israel, no âmbito do acordo de cessar-fogo em vigor desde 10 de outubro. Recentemente, foi identificado o corpo do militar israelo-americano Itay Chen, raptado a 7 de outubro de 2023, e um outro corpo foi entregue esta quarta-feira, encontrado durante escavações no bairro de Shujaiya.
A entrega segue o protocolo estabelecido, com a Cruz Vermelha a mediar a transferência para o exército israelita, que depois realiza análises forenses.
No total, o acordo já permitiu a restituição de 20 reféns vivos e 21 mortos por parte do Hamas, em troca da libertação de quase dois mil prisioneiros palestinianos e da devolução de 285 corpos por parte de Israel. Restam ainda sete corpos de reféns por devolver.
A trégua, no entanto, permanece frágil e sob constante ameaça.
A 28 de outubro, o primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, ordenou bombardeamentos sobre o enclave após incidentes que incluíram a acusação, negada pelo Hamas, da morte de um soldado israelita e a entrega de restos mortais que não correspondiam a um refém desaparecido.
Israel acusa o grupo islamita de atrasar deliberadamente a entrega dos corpos para evitar discutir o seu desarmamento.
Por sua vez, o Hamas justifica as dificuldades com a vasta destruição em Gaza e a falta de maquinaria pesada.
O Secretário-Geral da ONU, António Guterres, manifestou-se “profundamente preocupado com as contínuas quebras do cessar-fogo”.
Em paralelo, intensificam-se os esforços diplomáticos internacionais.
Os Estados Unidos apresentaram um projeto de resolução ao Conselho de Segurança da ONU para a criação de uma força internacional de estabilização em Gaza, com um mandato de pelo menos dois anos. Esta força teria como objetivo supervisionar a desmilitarização do território e o desarmamento de grupos armados.
A iniciativa faz parte da segunda fase do acordo de paz, mediado pelos EUA, Egito, Qatar e Turquia, que ainda está por negociar e que prevê também a reconstrução e a futura governação do enclave. O conflito foi desencadeado pelo ataque do Hamas a 7 de outubro de 2023, que resultou na morte de cerca de 1.200 pessoas em Israel e no rapto de 251. A subsequente ofensiva militar israelita na Faixa de Gaza provocou, segundo as autoridades locais controladas pelo Hamas, mais de 68 mil mortos e uma crise humanitária, com o Programa Alimentar das Nações Unidas a conseguir, ainda assim, distribuir cabazes alimentares a um milhão de palestinianos, embora a ajuda seja considerada insuficiente.
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