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Maduro declara estado de emergência na Venezuela face a ameaças dos EUA

O Presidente venezuelano, Nicolás Maduro, decretou um estado de comoção externa em resposta ao que considera serem ameaças dos Estados Unidos, concedendo-lhe poderes especiais para defender a soberania do país.
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O governo venezuelano anunciou a criação de um decreto de estado de comoção externa para proteger a integridade territorial e a soberania do país contra qualquer agressão externa.

Segundo a vice-presidente, Delcy Rodríguez, o decreto entrará automaticamente em vigor caso a Venezuela seja atacada, e os cidadãos que apoiem ações norte-americanas serão julgados.

Este decreto concede poderes especiais ao Presidente Nicolás Maduro, permitindo-lhe mobilizar as Forças Armadas em todo o território.

Terá ainda autoridade para assumir o controlo militar das infraestruturas de serviços públicos, da indústria petrolífera e de outras indústrias básicas, para além de poder ativar planos de segurança e a Milícia. O fecho de fronteiras terrestres, marítimas e aéreas está também previsto para proteger a população e o território.

Com base no artigo 338 da Constituição, o estado de exceção terá uma duração de 90 dias, prorrogáveis pelo mesmo período, e permite a restrição temporária de algumas garantias constitucionais, exceto direitos humanos fundamentais como o direito à vida ou ao devido processo legal. A medida surge num contexto de crescente tensão com os Estados Unidos. A administração de Donald Trump ordenou o envio de navios de guerra para as Caraíbas, próximo da costa venezuelana, numa operação de combate ao narcotráfico. Washington acusa Maduro de liderar o "Cartel dos Sois" e oferece uma recompensa de 50 milhões de dólares pela sua captura. As forças norte-americanas anunciaram ter atacado quatro barcos, matando 13 alegados "narcoterroristas" do cartel venezuelano "Tren de Aragua".

Em resposta, Nicolás Maduro negou qualquer ligação ao tráfico de droga e denunciou a presença militar dos EUA.

O presidente apelou à população para se alistar na milícia e anunciou o envio de 25.000 membros das forças armadas para as fronteiras como parte de um plano de defesa nacional.

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