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Desafios da Inteligência Artificial e da Cibersegurança para as Empresas

Especialistas reunidos num evento em Lisboa debateram os crescentes desafios que a Inteligência Artificial e a cibersegurança colocam às empresas, sublinhando a urgência de uma abordagem estratégica que vá além do mero investimento tecnológico.
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Num encontro organizado pelo Jornal Económico em Lisboa, diversos especialistas debateram os impactos da Inteligência Artificial (IA) e os desafios da segurança digital, concluindo que, apesar da crescente consciência dos riscos, muitas empresas portuguesas, especialmente as PME, não estão devidamente preparadas. Bruno Castro, CEO da Visionware, notou que muitos gestores começaram a perceber o papel da IA “da pior maneira” no pós-pandemia, destacando que a tecnologia se tornou um “catalisador para o cibercrime”, ao permitir que grupos criminosos lancem ataques, como o phishing, de forma mais barata e eficaz. Alexandre Fonseca, da CIP, reforçou que a cibersegurança “não é só investimento.

Também é cultural”.

Argumentou que é preciso criar uma cultura de segurança fomentada pela liderança, em vez de agir apenas reativamente. Para as PME com recursos limitados, Fonseca sugeriu a colaboração setorial, o outsourcing de serviços de segurança e a partilha de informações.

Apelou ainda a que o Estado se torne mais digital, criticando a falta de comunicação entre os seus sistemas.

A necessidade de capacitação foi um tema central.

Ricardo Henriques, da Abreu Advogados, afirmou que “a formação e a literacia devem ser prioridades”, tanto para colaboradores como para gestores, que enfrentam maior responsabilização sob a nova legislação europeia, como o AI Act.

Apontou a localização dos dados como um desafio adicional com custos implícitos.

Na mesma linha, Miguel Almeida, da Cisco Portugal, alertou que a cibersegurança ainda é “opaca” devido à sua complexidade e identificou cinco pilares prioritários para investimento: identidade, máquinas, resiliência das redes, cloud e a proteção de dados usados por IA.

Revelou que 86% das empresas preveem sofrer ataques baseados em IA, mas admitem não estar preparadas.

António Gameiro Marques, ex-diretor do Centro Nacional de Cibersegurança, alargou a perspetiva, descrevendo o digital como um “território” cujos desafios são de natureza política e ética, não apenas técnica.

Considerou a desinformação como “o maior cancro” da internet e defendeu que a IA deve ser vista como uma aliada contra as ameaças, sendo a passividade o maior risco. Sublinhou ainda a importância de uma liderança ética, que deve ser obrigatória e não voluntária.

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