Ghislaine Maxwell pede a anulação da sua condenação por tráfico sexual alegando novas provas



Ghislaine Maxwell, cúmplice do falecido criminoso sexual Jeffrey Epstein, apresentou na quarta-feira um pedido de habeas corpus para anular a sua condenação de 2021 por tráfico sexual.
A defesa alega o surgimento de “novas provas substanciais” e violações constitucionais que resultaram num “completo erro judiciário”. Segundo a petição entregue no tribunal federal de Manhattan, foram ocultadas informações e apresentado falso testemunho ao júri, argumentando que “nenhum jurado razoável a teria condenado” à luz de todas as provas agora disponíveis.
Esta ação legal ocorre apenas dois dias antes da data prevista para a divulgação pública de registos do caso Epstein, em conformidade com a Lei de Transparência dos Arquivos Epstein, sancionada pelo Presidente Donald Trump. O Departamento de Justiça planeia divulgar 18 categorias de materiais de investigação, incluindo mandados de busca e notas de entrevistas com vítimas. O advogado de Maxwell, David Markus, expressou preocupação de que a divulgação destes documentos, que contêm “alegações não testadas e não comprovadas”, possa criar um “prejuízo indevido” e impedir um novo julgamento justo, caso o seu pedido seja aceite.
Um juiz já autorizou a divulgação dos materiais.
Num desenvolvimento relacionado, o diretor-adjunto do FBI, Dan Bongino, renunciou ao cargo.
O seu mandato de nove meses foi marcado por conflitos com o Departamento de Justiça sobre a gestão dos arquivos do caso Epstein.
A imprensa norte-americana associa a sua saída a um memorando que revogava a promessa de divulgar os ficheiros da investigação, contrariando teorias que Bongino havia promovido. Donald Trump elogiou o trabalho de Bongino, sugerindo que este pretendia regressar ao seu programa.
O caso continua a ser controverso, especialmente após a morte de Epstein na prisão em 2019, que alimentou teorias da conspiração.
O próprio Donald Trump, que anteriormente prometia revelações, classifica agora o caso como “uma farsa” orquestrada por adversários democratas.











