Feira da Golegã: Investimento de 600 mil euros e aposta no estatuto de Património Imaterial

A edição de 2025 da Feira Nacional do Cavalo da Golegã, que decorre até 16 de novembro, representa um investimento total superior a 600 mil euros. Segundo o presidente da Câmara Municipal da Golegã, António Camilo, cerca de 400 mil euros correspondem a investimento direto na organização, enquanto mais de 200 mil euros são destinados a apoio logístico, que inclui a cedência de espaços, montagem de infraestruturas, equipamentos, segurança e os recursos humanos da autarquia. O evento, organizado em parceria com a Federação Nacional de Equitação, continua a ser uma das principais referências equestres em Portugal, atraindo milhares de visitantes à vila ribatejana.

O grande destaque deste ano é a apresentação da candidatura da feira ao Inventário Nacional do Património Cultural Imaterial, uma iniciativa que visa o reconhecimento oficial do seu valor histórico e cultural. A programação inclui também homenagens a duas figuras proeminentes da equitação portuguesa: o cavaleiro Luís Miguel da Veiga, pelos seus 59 anos de alternativa, e o mestre Nuno Oliveira, considerado uma referência da arte equestre e um embaixador do cavalo lusitano.

Ao longo de dez dias, a feira oferece dezenas de atividades e competições, abrangendo todas as disciplinas hípicas praticadas no país. A equitação de trabalho, modalidade que teve origem na Golegã no final dos anos 90, recebe especial atenção, com a realização do Campeonato Nacional e da Taça de Portugal. Uma novidade na organização do espaço é a relocalização da área de ‘street food’ para fora do núcleo central do evento, que passa a ser exclusivamente dedicado às atividades com cavalos. O impacto económico do certame é descrito como significativo, com reflexos diretos na restauração, comércio e alojamento local, não só na Golegã mas também em concelhos vizinhos, chegando até Leiria.

Para garantir a segurança dos visitantes, a Guarda Nacional Republicana (GNR) implementou uma operação especial que se estenderá até 17 de novembro.

Esta operação mobiliza diversas valências, incluindo patrulhamento a cavalo, investigação criminal e vigilância aérea com drones, com o objetivo de assegurar a tranquilidade pública e a fluidez do trânsito.