A Expansão do Gemini: As Novas Fronteiras da IA da Google Entre Inovação e Controvérsia

A Google está a integrar o seu modelo de inteligência artificial, Gemini, em todo o seu ecossistema de produtos, resultando em avanços significativos em ferramentas como o Tradutor, mas também em alterações polémicas nos seus dispositivos domésticos inteligentes.

A Google está a impulsionar uma integração profunda do seu modelo de inteligência artificial, o Gemini, em múltiplos produtos, com o objetivo de aprimorar as suas capacidades e oferecer novas funcionalidades aos utilizadores. Esta estratégia manifesta-se de forma proeminente no Google Tradutor, que recebeu uma atualização significativa.

Graças ao Gemini, o Tradutor agora consegue interpretar melhor nuances, gírias e expressões idiomáticas, fornecendo traduções mais contextualizadas em vez de literais.

A principal novidade é a expansão da tradução em tempo real para qualquer par de auscultadores emparelhados com um dispositivo móvel, uma funcionalidade que antes era exclusiva dos Pixel Buds.

Utilizando o modelo Gemini 2.5 Flash Native Audio, a tecnologia preserva o tom, a ênfase e a cadência do interlocutor, tornando as conversas bilingues mais naturais.

Esta atualização está a ser lançada em fase beta para Android nos EUA, México e Índia, suportando 70 idiomas, com planos de expansão para mais países e para o sistema iOS no próximo ano. Para além do Tradutor, a Google está a integrar o NotebookLM diretamente no chatbot Gemini, numa implementação limitada, permitindo que os utilizadores anexem cadernos de pesquisa para obter respostas mais fiáveis e precisas. A vertente educativa do Tradutor também foi reforçada, com a funcionalidade de aprendizagem de línguas a ser expandida para 20 novos países e a incluir novos pares de idiomas, como de inglês para português, com exercícios práticos e feedback personalizado. No entanto, a transição para o Gemini não tem sido isenta de controvérsia.

Uma das funcionalidades mais apreciadas do antigo Assistente Google em dispositivos domésticos inteligentes, a "Conversa Contínua", deixou de ser gratuita. A Google colocou esta capacidade de interação fluida atrás de uma subscrição paga de 10 dólares mensais, gerando descontentamento entre os utilizadores.

A empresa revelou ainda que planeia lançar óculos com Inteligência Artificial em 2026.