A Sombra de Sócrates: Gouveia e Melo Rejeita 'Politiquice' e Ventura Explora Controvérsia



A polémica teve início quando o antigo primeiro-ministro José Sócrates, acusado em vários processos judiciais, manifestou publicamente o seu apoio a Henrique Gouveia e Melo.
O candidato presidencial e ex-chefe do Estado-Maior da Armada demarcou-se de imediato, afirmando dispensar tal apoio e reiterando não conhecer nem ter qualquer relação com Sócrates.
Gouveia e Melo considerou que a forma como o tentaram ligar ao ex-governante "não parece inocente", condenando o que classificou como "politiquice" e "truque político", um tipo de política que declarou desprezar.
A controvérsia intensificou-se com a renúncia de Afonso Camões, antigo presidente da agência Lusa e ex-diretor do Jornal de Notícias, ao cargo de mandatário da candidatura por Castelo Branco.
A sua saída ocorreu após uma notícia que o associava a José Sócrates, com base numa escuta telefónica com mais de uma década.
Segundo Gouveia e Melo, Camões tomou a decisão por iniciativa própria para "proteger" a campanha, um ato que o candidato descreveu como "muito digno" e "nobre". O candidato presidencial André Ventura aproveitou a situação para criticar duramente Gouveia e Melo.
O líder do Chega acusou o ex-almirante de estar rodeado por "todos os amigos" de José Sócrates, afirmando que "esta gente do José Sócrates está a juntar-se toda à volta" do seu adversário.
Ventura usou a demissão de Camões como prova, alegando que este renunciou "porque foi descoberto".
Exigiu ainda transparência a Gouveia e Melo e enquadrou a sua própria candidatura como uma luta contra "o pior que o sistema tem", associando Gouveia e Melo à "tralha socrática".
Nas suas declarações, André Ventura também criticou Luís Marques Mendes, a quem apelidou de "muleta do Governo", e desejou rápidas melhoras ao Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, que foi submetido a uma cirurgia. As eleições presidenciais estão agendadas para 18 de janeiro de 2026.

















