Gouveia e Melo acusa responsáveis políticos de ‘cinismo’ e fuga às responsabilidades

O candidato presidencial Gouveia e Melo manifestou-se “chocado”, “incrédulo” e “esmagado” com a postura dos responsáveis políticos perante a vaga de incêndios que afeta o país. O candidato acusou a classe política de “cinismo” e de fugir às suas responsabilidades, apontando o dedo aos que enfiam a “cabeça na areia” enquanto o país arde. Nas suas declarações, criticou diretamente os políticos que, alheios ao sofrimento das populações, mantêm as suas agendas pessoais, como as férias do primeiro-ministro, vivendo numa “bolha de cinismo perante o terror”.

Para Gouveia e Melo, a atitude dos responsáveis políticos demonstra um profundo alheamento em relação ao drama vivido pelas populações afetadas pelos fogos.

O candidato presidencial sublinhou que, perante a incapacidade de prevenir ou remediar a situação, o mínimo que se esperaria dos governantes seria que estivessem presentes no terreno, “ao lado do povo no seu sofrimento”, em vez de se manterem distantes. Adicionalmente, Gouveia e Melo rejeitou liminarmente os argumentos de que debater a questão dos incêndios durante o seu combate constitui “aproveitamento político”.

O candidato defendeu a urgência da discussão, opondo-se à ideia de que o tema só deva ser abordado “depois do combate” terminar. A sua intervenção foca-se, assim, na exigência de responsabilidade e empatia por parte da liderança política num momento de crise nacional. Noutro âmbito da corrida presidencial, foi noticiado que a ex-coordenadora do Bloco de Esquerda, Catarina Martins, avançará com uma candidatura, uma decisão que terá ganho força após a desistência de Sampaio da Nóvoa.