
Paulo Rangel recorda que política externa cabe ao Governo após Marcelo dizer que Trump é um "ativo russo"



Durante uma intervenção na "Universidade de Verão do PSD", em Castelo de Vide, o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, afirmou que Donald Trump, "o líder máximo da maior superpotência do mundo, objetivamente, é um ativo soviético, ou russo". O chefe de Estado português clarificou que não se tratava de uma aliança baseada em amizade ou ideologia, mas que, em termos objetivos, "a nova liderança norte-americana tem favorecido estrategicamente a Federação Russa". Esta não foi a primeira vez que expressou tal preocupação, tendo já em fevereiro afirmado a Emanuel Macron que os Estados Unidos pareciam estar a favorecer a Rússia.
As reações em Portugal foram imediatas e variadas.
O Governo, pela voz do ministro dos Negócios Estrangeiros, Paulo Rangel, demarcou-se, recusando comentar as palavras do Presidente, mas sublinhando repetidamente que "a definição da política externa portuguesa cabe ao Governo" e que é assim que os parceiros internacionais devem interpretar a posição de Portugal.
No espectro político, Paulo Raimundo (CDU) reagiu com ironia, afirmando que a declaração dava "vontade de rir" no meio de um mês com tantas más notícias. Francisco Louçã (ex-BE) considerou-a um "factoide de verão", embora concordando com a existência de uma convergência estratégica entre Trump e Putin.
Mariana Leitão (IL) criticou o Presidente por "fazer mais uma das suas" e agir como comentador, enquanto o candidato presidencial Henrique Gouveia e Melo defendeu que um chefe de Estado não deve fazer "comentários pessoais" sobre um país aliado.
A afirmação de Marcelo Rebelo de Sousa teve uma ampla repercussão internacional.
Foi partilhada e elogiada em redes sociais por figuras e grupos anti-Trump nos Estados Unidos, como a página "Republicans against Trump" e o ex-campeão de xadrez Garry Kasparov, que concordou com a análise.
As declarações foram notícia em diversos meios de comunicação internacionais, incluindo na Ucrânia, Índia, China e na estação norte-americana CNN.
No entanto, também foram utilizadas por um 'site' associado a desinformação.
Um antigo responsável do Departamento de Defesa norte-americano considerou as declarações exageradas.
Artigos
22





















Política
Ver mais
Alexandra Leitão "não pede demissão" de Moedas mas 'alerta' sobre 45 dias
A candidata à Câmara Municipal de Lisboa Alexandra Leitão considerou que um mês e meio lhe parecia "demasiado" para saber os primeiros resultados do relatório sobre o acidente no Elevador da Glória, que deixou, para já, 16 vítimas mortais.

Alexandra Leitão: Moedas "deixou muitas interrogações"
A candidata do Partido Socialista à Câmara de Lisboa critica a atuação do autarca numa declaração sem direito a perguntas dos jornalistas. Mas garante que não se demite.

Alexandra Leitão diz que se deve honrar as vítimas do Elevador da Glória e não pede a demissão de Moedas
A candidata do Partido Socialista à Câmara Municipal de Lisboa pede esclarecimentos e apuramento de responsabilidades do acidente no Elevador da Glória.

Governo dos Açores prepara privatização do handling da SATA
O Governo dos Açores aprovou a resolução que permite a separação da unidade de handling da SATA, para que possa avançar o processo de venda, anunciou o vice-presidente do Executivo. The post Governo dos Açores prepara privatização do handling da SATA first appeared on Transportes & Negócios.