Gouveia e Melo acusa Marques Mendes de fazer campanha suja e exige transparência profissional



O candidato presidencial Henrique Gouveia e Melo acusou esta sexta-feira o seu opositor, Luís Marques Mendes, de levar a cabo uma “campanha suja”, instando-o a esclarecer a sua profissão e os interesses comerciais a ela associados. As declarações do almirante, proferidas durante uma ação de campanha no Funchal, surgem em resposta a acusações anteriores de Marques Mendes, que na terça-feira afirmou que Gouveia e Melo “lançava lama para o debate” e não possuía “sentido de Estado para ser Presidente da República”. A candidatura de Gouveia e Melo nega estar por trás de qualquer “campanha negra”, afirmando que o escrutínio sobre o percurso profissional do candidato apoiado pelo PSD resulta da sua própria “opacidade”. Numa declaração, a campanha do almirante sublinha que Marques Mendes deve revelar os clientes para os quais trabalhou na Abreu Advogados e justificar as suas remunerações, argumentando que o dever de sigilo profissional não se pode sobrepor ao dever de transparência exigido a um candidato ao mais alto cargo da nação. No evento no Funchal, Gouveia e Melo contou com o apoio do antigo presidente do Governo da Madeira, Alberto João Jardim, que teceu duras críticas a Marques Mendes, chamando-o de “politiqueiro”, e elogiou o almirante, considerando-o “o único candidato com o compromisso de construir o país”. Gouveia e Melo descreveu as palavras de Jardim como “sábias”.
A visita à Madeira faz parte de uma deslocação aos arquipélagos, que o candidato considera “essenciais” para a capacidade estratégica de Portugal, seguindo-se uma estadia de três dias nos Açores. As eleições presidenciais estão marcadas para 18 de janeiro.



















