
Gouveia e Melo diz que não ser um "político tradicional" lhe dá vantagens



Num evento organizado pelo Instituto +Liberdade em Peniche, os candidatos a Presidente da República Luís Marques Mendes e Henrique Gouveia e Melo expuseram as suas estratégias e perfis para as eleições de 2026, evidenciando uma clara divergência sobre as qualificações necessárias para o cargo. Luís Marques Mendes defendeu que a Presidência da República, por ser "o cargo mais político em Portugal", exige alguém com vasta experiência política.
Para o antigo líder do PSD, essa experiência traduz-se em "segurança, confiança e menos incerteza", considerando que uma escolha sem este critério seria "uma aventura" ou "um tiro no escuro". Embora reconhecendo o "comportamento exemplar" de Gouveia e Melo no processo de vacinação, Mendes sublinhou que a experiência militar não se equipara à experiência política necessária para lidar com a Constituição e mediar consensos.
Distanciando-se do atual Presidente, Marcelo Rebelo de Sousa, Marques Mendes criticou a participação deste em eventos partidários e certos comentários públicos, prometendo ser mais contido e "rigorosamente independente" se for eleito.
Em contrapartida, o almirante Henrique Gouveia e Melo argumentou que a sua condição de "não ser um político tradicional" representa uma vantagem.
O candidato definiu-se como o único "verdadeiramente suprapartidário", afirmando que o seu único partido "é Portugal" e que consegue captar eleitores da esquerda à direita.
Gouveia e Melo posicionou-se ideologicamente ao centro, descrevendo-se como "mais de direita" em matéria económica, defendendo um motor económico livre, e "de esquerda" nas questões sociais, para garantir a existência de "elevadores sociais".
Garantiu ainda que não usará o cargo para fundar ou apoiar qualquer partido político.
No que toca a outros temas, Gouveia e Melo considera que os poderes atuais do Presidente são suficientes e que uma revisão da Constituição não é uma prioridade, opondo-se também à dissolução do parlamento no último governo de António Costa.
Por seu lado, Marques Mendes indicou que a descentralização será uma das suas causas e propôs um "acordo social tripartido" para aumentar salários e baixar impostos.
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