Henrique Gouveia e Melo mostra-se confiante na sua candidatura e apela a Luís Marques Mendes para esclarecer dúvidas sobre os seus rendimentos

A um mês das eleições presidenciais, o candidato Henrique Gouveia e Melo manifestou confiança na sua campanha e instou o seu adversário, Luís Marques Mendes, a dissipar as dúvidas sobre os seus rendimentos para não prejudicar a sua própria candidatura.

A um mês das eleições presidenciais, o candidato Henrique Gouveia e Melo declarou estar “muito confiante” na sua corrida ao Palácio de Belém, sublinhando que se considera o único candidato “verdadeiramente suprapartidário”, que não transporta “lógicas fraturantes que vêm dos partidos”.

Em declarações aos jornalistas, o antigo Chefe do Estado-Maior da Armada desvalorizou as sondagens, que considera serem apenas “retratos do momento” e não resultados definitivos.

O foco das suas declarações centrou-se, contudo, no também candidato Luís Marques Mendes.

Gouveia e Melo defendeu que é do “maior interesse” de Marques Mendes, e dos portugueses, que este esclareça a origem dos seus rendimentos enquanto consultor. Segundo o candidato, é fundamental “evitar que um Presidente seja eleito com uma dúvida que depois arrasta para dentro da Presidência”, argumentando que a incerteza pode prejudicar “verdadeiramente” a candidatura de Mendes. A questão refere-se a uma notícia da revista Sábado, que revelou que Luís Marques Mendes recebeu 709 mil euros líquidos nos últimos dois anos (413.247,58 euros em 2023 e 296.309,37 euros em 2024) como consultor externo da sociedade Abreu Advogados.

Marques Mendes afirmou estar disponível para revelar os seus clientes caso estes o autorizem.

Gouveia e Melo questionou se estes interesses não poderiam limitar ou condicionar a capacidade de decisão de um futuro Presidente, tornando-o “refém de um conjunto de lógicas que não são as lógicas do interesse nacional”. As declarações de Gouveia e Melo ocorreram após uma visita ao Museu Nacional de Arte Contemporânea, em Lisboa, onde aproveitou para destacar a importância da cultura.

Além dos dois candidatos, estão na corrida presidencial nomes como André Ventura (Chega), António Filipe (PCP), António José Seguro (PS), Catarina Martins (BE), João Cotrim Figueiredo (Iniciativa Liberal) e Jorge Pinto (Livre).