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Revelações de Gouveia e Melo sobre Candidatura Presidencial

Numa nova biografia, o almirante Henrique Gouveia e Melo revela que lhe foram oferecidos os mais altos cargos da hierarquia militar como forma de o demover de uma eventual candidatura à Presidência da República.
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No livro “Henrique Gouveia e Melo – Um Retrato Biográfico”, da autoria do jornalista Gustavo Sampaio, o almirante afirma ter “quase a certeza absoluta” de que lhe foram propostos cargos de topo para travar a sua candidatura ao Palácio de Belém. Segundo o relato, no final do seu mandato como chefe do Estado-Maior da Armada, foi-lhe oferecida não só a recondução no cargo, mas também a posição de chefe do Estado-Maior-General das Forças Armadas com o mesmo objetivo.

Gouveia e Melo justifica a sua recusa com a sua personalidade, afirmando que se torna “mais rijo” quando o “empurram”.

Considerou que as razões por detrás da oferta eram erradas, tratando-se de uma “luta intestina política” e não de um desejo genuíno de que ele progredisse ou mudasse as Forças Armadas. O almirante não especifica quem lhe fez a proposta, mas afirma que a tentativa de o influenciar o incentivou a tomar a decisão contrária.

Atualmente, o seu objetivo é contribuir para a “melhoria e reforço do sistema político”, que considera ter “coisas apodrecidas”. A biografia cita uma notícia do semanário Expresso, de 27 de setembro de 2024, que indicava que o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, estaria disposto a fazer “tudo o que estiver ao seu alcance” para evitar a candidatura do militar. As razões apontadas seriam o receio de que Gouveia e Melo pudesse representar “formas de populismo autoritário” e dividir o eleitorado à direita do PS, prejudicando assim as hipóteses do seu candidato preferido, Luís Marques Mendes. Para além da política, o livro aborda outras facetas da vida de Gouveia e Melo, como a sua carreira na Marinha, a liderança do processo de vacinação contra a covid-19, a vida familiar e o caso de insubordinação no navio Mondego.

É também explorada a sua relação com a religião; o almirante afirma acreditar em Deus, mas confessa um afastamento da prática religiosa e uma desilusão com a Igreja enquanto instituição, criticando a forma como lidou com os seus problemas internos e o seu “movimento corporativo”.

Elogia, no entanto, a abertura promovida pelo Papa Francisco.

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