Governo assegura 60 milhões de euros para eletrificação da Linha do Alentejo



A ministra do Ambiente e Energia, Maria da Graça Carvalho, anunciou em Beja que o Governo irá cobrir a diferença de 60 milhões de euros para a eletrificação do troço ferroviário Casa Branca-Beja. A verba será proveniente do Programa Operacional Sustentável 2030 e do Fundo Ambiental, garantindo a concretização de uma obra há muito aguardada pela região. A necessidade deste financiamento adicional surgiu após a revisão da dotação financeira do programa Alentejo 2030.
Numa reunião a 2 de dezembro, foi comunicado que a verba inicial de 80 milhões de euros não seria mantida, uma vez que, segundo António Ceia da Silva, presidente da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional (CCDR) do Alentejo, a obra não era exequível no atual quadro comunitário, que termina no final de 2027.
Esta decisão gerou controvérsia.
A Infraestruturas de Portugal (IP) contestou a medida, considerando-a uma "decisão unilateral da CCDR", enquanto a Comunidade Intermunicipal do Baixo Alentejo (CIMBAL) manifestou preocupação com o novo horizonte de execução do projeto, que se estende até 2032. A situação provocou também um conflito político entre a distrital de Beja do PSD e o presidente socialista da CIMBAL. Em resposta, o grupo parlamentar do PSD requereu audições no parlamento com os responsáveis da CCDR Alentejo e da IP.
Por sua vez, a Federação do Baixo Alentejo do PS exigiu esclarecimentos ao Governo sobre o processo.
A ministra Maria da Graça Carvalho referiu que os detalhes sobre o início das obras serão fornecidos pelo ministro das Infraestruturas e da Habitação, Miguel Pinto Luz, que visitará a região em breve.
A ministra reiterou ainda o compromisso de concluir a autoestrada A26 até Beja.











