
Governo espera que “seriedade” do PS se mantenha e viabilize Orçamento



O Governo da Aliança Democrática (AD) e o Partido Socialista (PS) reuniram-se no parlamento para uma primeira abordagem ao Orçamento do Estado (OE) para 2026.
A delegação do Governo, que incluiu os ministros Joaquim Miranda Sarmento (Finanças), António Leitão Amaro (Presidência) e Carlos Abreu Amorim (Assuntos Parlamentares), e com participação por videoconferência de Paulo Rangel (Negócios Estrangeiros), encontrou-se com a bancada socialista, liderada por Eurico Brilhante Dias.
A reunião, que durou mais de duas horas, foi descrita pelo Governo como construtiva.
No final do encontro, o ministro dos Assuntos Parlamentares, Carlos Abreu Amorim, expressou a esperança de que a "seriedade e lucidez democrática" do PS se mantenha e permita a viabilização da proposta orçamental. O ministro salientou que "o caminho está a ser percorrido" e que, apesar de existirem pontos de divergência, houve também momentos de convergência. Esta reunião insere-se numa ronda de auscultação que o Governo está a realizar com os vários partidos com assento parlamentar, tencionando ainda ouvir o PCP e os deputados únicos na próxima semana.
Da parte do Partido Socialista, a posição é de expectativa, aguardando pela apresentação da proposta concreta do Orçamento.
Contudo, o líder parlamentar Eurico Brilhante Dias deixou um aviso, afirmando que as projeções de crescimento económico apresentadas pelo executivo estão "claramente aquém" das promessas eleitorais da AD. Apesar das críticas, os socialistas registaram como positivo o facto de as leis laborais ficarem de fora da discussão orçamental. Além do OE2026, a reunião abordou outros temas, como a revisão da lei de estrangeiros, recentemente declarada inconstitucional pelo Tribunal Constitucional, as freguesias e a política externa relativa ao Médio Oriente.
Sobre a lei de estrangeiros, o Governo manifestou interesse num consenso com o PS, mas ressalvou que não se afastará dos seus objetivos essenciais para resolver o que considera ser "um problema herdado".
A revisão da lei da nacionalidade não foi diretamente abordada.
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