Rangel no Parlamento: Entre a Crise Salarial nas Lajes e as Críticas à Governação Anterior



Numa audição conjunta no parlamento sobre o Orçamento do Estado para 2026, o Ministro dos Negócios Estrangeiros, Paulo Rangel, detalhou os esforços do Governo para resolver a falta de pagamento de salários aos trabalhadores portugueses na Base das Lajes, na ilha Terceira.
A situação resultou da paralisação parcial da administração norte-americana, que atingiu um recorde de 36 dias consecutivos devido à não aprovação do orçamento federal dos Estados Unidos. Consequentemente, os trabalhadores ao serviço da USFORAZORES não receberam o vencimento da última quinzena de 27 de outubro, e o pagamento anterior sofreu um corte de quatro dias.
Segundo o ministro, o Governo português contactou a embaixada dos Estados Unidos em Lisboa ainda antes do início do 'shutdown' para tentar mitigar o impacto, propondo medidas como subsídios de transporte ou alimentação, mas as tentativas foram infrutíferas.
Paulo Rangel sublinhou que, apesar da recetividade da embaixada, nem esta nem o Estado português podem interferir nas decisões políticas do Congresso norte-americano.
O ministro aplaudiu a solução encontrada pelo Governo Regional dos Açores, que irá adiantar os salários em atraso através do Instituto da Segurança Social dos Açores (ISSA), recorrendo à banca até um limite de 1,2 milhões de euros.
O Governo da República comprometeu-se a suportar os encargos financeiros desta operação.
Rangel desvalorizou as críticas do vice-presidente do governo regional, Artur Lima, sobre um alegado abandono dos trabalhadores, considerando-as uma normal tensão entre governos.
Na mesma audição, Paulo Rangel aproveitou para criticar a gestão do seu ministério durante os oito anos da governação socialista.
Afirmou que os governos de António Costa se focaram na política externa, "nem sempre com a melhor das orientações", mas descuraram os problemas internos da "casa". O ministro destacou que a principal prioridade do OE2026 para a sua pasta é a "valorização dos recursos humanos", com um aumento de 9,4% na despesa com pessoal, para mais de 234 milhões de euros. Revelou ainda ter encontrado um "sem fim" de quotas de organizações internacionais em atraso, que o atual executivo já regularizou, alegando existir agora "folga orçamental". Estas declarações geraram uma troca de acusações com o deputado socialista João Torres, que criticou o que considerou ser um foco excessivo na governação anterior.
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